segunda-feira, 6 de julho de 2020

A FRUSTRAÇÃO DURANTE A JORNADA DA FÉ

A FRUSTRAÇÃO DURANTE A JORNADA DA FÉ


INTRODUÇÃO: Texto bíblico principal: Gênesis 12:10-20

1. Seria possível que as interferências de Deus em nossa vida tragam maiores desafios do que rejeitar Seus planos para nós?
2. Seria possível que aceitar o chamado de Deus nos tira completamente de uma zona de conforto e leva-nos à provações que nunca imaginávamos enfrentar?
3. Seria possível que ao responder ao chamado de Deus, nossa vida calma, pacífica e estável poderia virar um caos, de cabeça para baixo? Observe que:

a) Abrão descendia de Sem, um dos filhos de Noé; ele era o primogênito de Terá, assim, herdaria legalmente os privilégios e as responsabilidades atribuídas ao patriarca de um clã.
b) Abrão era casado com Sarai, uma mulher estéril; portanto, o casal era desprovido de herdeiro das riquezas que lhe eram de direito. Contudo, acomodado com a situação, Abrão vivia tranquilo em Ur dos Caldeus, ao norte da Mesopotâmia.
c) Abrão recebeu a visita de Deus, O qual o desafiou a deixar para trás o comodismo e a segurança de sua vida estável, em troca de impressionantes promessas (Gênesis 12:1-3). A partir daí sua vida parece ter entrado no olho do furacão.

1) Com 75 anos de idade Abrão deixou a cidade de Harã e “partiu como o Senhor lhe havia dito” (Gênesis 12:4).
2) Com 75 anos Abrão pegou todos os seus pertences, sua riqueza e seus queridos “e saíram para a terra de Canaã, e lá chegaram” (Gênesis 12:5).
3) Com 75 anos Abrão atendeu a Deus, recebeu confirmação que a promessa era garantida; então, adorou ao Senhor. Porém, ao chegar ao destino, “havia fome naquela terra” (Gênesis 12:6-10).

I. MESMO SEGUINDO OS PLANOS DE DEUS PODEMOS ENFRENTAR CRISES EM NOSSA EXISTÊNCIA – Gênesis 12:10

As dificuldades surgem logo após seres humanos pecadores responderem positivamente ao chamado divino. As provas da vida nos levam às crises existenciais. Os desafios nos preparam para agir. Diante da fome na “terra prometida”, Abrão reagiu rapidamente. Não é assim que se deve agir diante de um problema que ameaça a nossa existência?

1. Assim como não foi Abrão que buscou a Deus e Seus planos, o mesmo pode acontecer conosco: Graciosamente, Deus toma a iniciativa de procurar-nos.
2. Assim como Abrão respondeu ao chamado divino e enfrentou crises, o mesmo pode acontecer conosco: Deus não promete que será fácil fazer Sua vontade.
3. Assim como Abrão teve provas ao obedecer ao pedido divino, assim também pode acontecer conosco; pois, neste mundo, as coisas conspiram contra os planos de Deus para nós.

II. MESMO SEGUINDO OS PLANOS DE DEUS É POSSÍVEL QUE PRECISAREMOS TOMAR MEDIDAS DRÁSTICAS QUANDO ENFRENTAMOS CRISES – Gênesis 12:10

Atender a ordem de Deus significa renúncias. Renúncias do comodismo, conforto, privilégios, etc. Diante das crises de viver pela fé, vale a pena as renúncias? As provas nos desafiam. E, se somos proativos, decisões são tomadas rapidamente. Busca-se informações, analisa a direção a seguir, pesa na balança os prós e os contra; e, reagimos prontamente. Não é assim que os sábios orientam? “Abrão desceu ao Egito, para peregrinar ali, porque a fome era grande na terra”.

1. Descer ao Egito quando as crises aparecem significa tentar tomar o controle da situação antes que a situação caótica tome conta de nossa história.
2. Descer ao Egito equivale a tomar decisões imediatas aos problemas a fim de salvar nossa família e os bens que adquirimos com muito esforço.
3. Descer ao Egito significa agir por medo – não por fé –, desespero. Não há evidência que Abrão consultou a Deus quanto ao quê fazer naquela crise de comida: Ele simplesmente desceu ao Egito assim como nós agimos sem consultar a Deus inúmeras vezes diante dos problemas e desafios que enfrentamos.

III. MESMO QUE NOS EQUIVOQUEMOS TENTANDO VIVER OS PLANOS DE DEUS, O COMPROMISSO E A PACIÊNCIA DELE CONTINUAM À NOSSA DISPOSIÇÃO – Gênesis 12:11-20

Parece inteligente se informar sobre a decisão a ser tomada. Aparenta ser uma pessoa de visão aquela que, além de conhecer os riscos numa determinada solução, se prepara estrategicamente para se sair bem. Abrão formulou uma mentira camuflada para não ser morto no Egito ao fugir da crise de alimento na Terra de Canaã. E, ele estava certo em tudo o que planejou; e, aparentemente, tudo saiu como havia previsto (ou melhor, quase tudo...).

1. Sem consultar a Deus usamos nossas experiências, apegamo-nos a nossa esperteza e dependemos de nossas habilidades geniais a fim de lidar com os problemas que nos assaltam; ainda que pareça que nossos métodos sejam bons, nossos planos fraudulentos serão desmascarados.
2. Sem consultar a Deus nossas melhores soluções podem piorar a situação-problema, além de causar vergonha e experimentar o peso da humilhação; porém, apesar de tudo, Deus está operando para colocar-nos novamente nos trilhos.
3. Sem consultar a Deus certamente tomaremos decisões/direções contrárias à Sua vontade, afastaremos de Seus planos. Contudo, Ele nos acompanha para nos ajudar com o caos que causaremos e nos livrar das nossas soluções deprimentes; pois, Sua misericórdia e paciência com nossa ignorância e teimosia preservam Seu compromisso conosco.

a) Abrão promoveu descaradamente a promiscuidade na realeza, e se deu bem ganhando vários presentes; mas, o Deus que odeia o pecado manifestou Sua desaprovação ao Faraó. É assim que agimos quando ignoramos a Deus em nossos projetos.
b) Abrão foi expulso do Egito, saiu derrotado, humilhado e envergonhado de um plano que acreditava dar certo. Quando tentamos depender de pessoas e tirar vantagens delas, caímos na própria armadilha.
c)  Abrão arquitetou o erro, mentiu, promoveu adultério, desconsiderou a Deus, etc.; porém, Deus não o abandonou; contudo teve que abandonar o Egito, assim como nós devemos abandonar nosso ponto de apoio humano para confiar plenamente na provisão de Deus.

CONCLUSÃO: Egito era símbolo de riqueza, de glória, de segurança, de subsistência, uma forma de substituir a dependência de Deus. Ao abandonar o Egito, Abrão foi para o deserto. Ele sabia onde devia ir, e o que devia fazer. De certa forma, temos consciência de onde caímos e para onde precisamos retornar. Após ter fracassado no Egito, Abrão atravessou o deserto indo “até Betel, até o lugar onde estivera antes a sua tenda... até o lugar do altar que dantes ali fizera. Ali invocou Abrão o nome do Senhor” (Gênesis 13:1-4).

1. Em nossa jornada de fé, muitas vezes precisaremos fazer meia volta assim como fez Abrão, no momento que entendermos que nossas escolhas são infelizes e nossas decisões promovem mais problemas que soluções durante as crises que se levantam contra nós.
2. Em nossa jornada rumo ao alvo de Deus para nós, certamente precisaremos voltar a buscar a Deus, retomar nossa jornada de onde nos desviamos da rota e, reconsagrar nossa vida ao Deus soberano, provedor e nosso mantenedor.
3. Em nossa jornada de fé, precisamos entender que, embora abandonemos a Deus, Ele não nos abandona; por isso, Ele está de braços abertos para nos receber novamente assim que nos arrependermos, dermos meia volta e retornarmos a Ele. Tudo isso porque Cristo, o descendente de Abrão, morreu e pagou o preço de nossos pecados.

APELO:

1. Mesmo que cometas erros na caminhada cristã, aprenda a depender cada vez mais de Deus a fim de que avances diariamente.
2. Mesmo que saias da rota traçada por Deus a você, a misericórdia e a paciência dEle te receberá novamente.
3. Mesmo que as crises se levantem contra você, aprenda a sempre consultar a Deus para receber orientação, pois Ele está sempre ao teu lado para te abençoar.
Pr. Heber Toth Armí

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