sábado, 1 de outubro de 2016

A UNIÃO CRISTÃ




ESBOÇO 497
TEMA: A UNIÃO CRISTÃ
“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” Sl 133.1
            União é um mandamento divino, ponto de partida o crescimento do povo de Deus e para o desenvolvimento saudável de uma sociedade. O salmo 133 é parte da poesia hebraica, cuja mensagem incentivava o povo a manter a união diante da expansão e crescimento de Israel e para nós, os cristãos, é uma advertência divina em que todos são convocados a viverem em união. Esse também foi o desejo de Jesus na sua oração sacerdotal (Jo 17.11).
União, um mandamento divino.
Ao lermos as instruções divinas sobre o tabernáculo, vemos o que o Senhor disse a Moises: “Farás também cinquenta colchetes de ouro, e ajuntarás com estes colchetes as cortinas uma com a outra, e será um tabernáculo” (Ex 26.6). Pois o tabernáculo somente funcionaria quando todas as cortinas estivessem unidas umas às outras (Ex 26.3). Juntar as cortinas com os colchetes significa unir.
União um desejo de Cristo
De uma maneira muito simples, Jesus revelou em sua oração o seu principal desejo: a unidade entre os discípulos, estendendo-se a nós também (Jo 17.23). Essa oração foi confirmada por Paulo na sua carta aos efésios (Ef 4.4-6), porque ele tinha ciência de que a unidade fortalecia a igreja. Melhor entendemos quando lemos em At 4.32. Isso significa que no meio do povo de Deus as coisas só funcionam bem se estiverem em um mesmo espírito, ou seja, se houver unidade (I Co 6.17).
A união da Igreja
È impossível se constituir povo de Deus sem união. A igreja é o corpo de Cristo (I Co 12.12); sem essa unidade torna-se impossível realizar a obra de Deus (Lc 11.17). O segredo do crescimento da igreja primitiva era a unidade (At 2.44-47), mas para isso a igreja precisava estar em um só pensamento (I Co 1.10), e procurar manter esse elo (I Co 1.12,13). Não deve haver divisão de pensamento, pois isso atrapalha a obra de Deus (2 Co 10.5; Fp 4.8; Hb 7.24,25). Para o apóstolo Paulo, o seu prazer ou gozo somente seria completo se a igreja estivesse unida (Fp 2.2; Rm 15.5). Cada crente em particular é um membro do corpo de Cristo, e este não pode estar em desarmonia (I Co 12.20); e nesse corpo todos são importantes, até mesmo os mais fracos (I Co 12.13). Na unidade quando um é honrado, todos são também, se um padece, todos padecem também (I Co 12.26).
Resultado da união
O salmo ilustra algo que era muito preciso para os sacerdotes, “a unção com o óleo” (Sl 133.2). Para ele a união era como unção derramada sobre a cabeça dos sacerdotes, que descia sobre a barba e a orla das suas vestes. O sacerdote ainda hoje é a figura da união. A união traz bênção e vida, e orvalho; e rega e dá a existência (Sl 133.3; 63.1) e congrega o povo (Ed 3.1,3,4). Finalmente, a união na igreja resulta em força (I Co 12.8; 12.17ª; Ec 4.12), força essa promovida pelo Espírito do Senhor (I Cr 12.18). O resultado é crescimento, esse é o propósito de Deus (Ef 4.15; 4.13).
            Que a unidade seja o desejo intenso dos nossos corações no meio do povo de Deus. Esse é o desejo dele para com o seu povo. A união deve estar presente em nós não somente de lábios; o salmo 133 enfatiza a unidade do povo de Deus em todos os momentos, porque assim o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre (Sl 133.3).
Pr Elis Clementino – Itapissuma - Pe

SENTIMENTO DE IGUALDADE MÓRBIDO


ESBOÇO 498
TEMA: SENTIMENTO DE IGUALDADE MÓRBIDO
“E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, da banda dos lados norte. Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao altíssimo” (Is 14.13,14) 
Cada pessoa é chamada para desempenhar um propósito. Quem é soldado será honrado como soldado, quem é rei será como rei, quem é sacerdote será reconhecido como sacerdote. Porém, um soldado não poderá ser honrado como rei, e muito menos como um sacerdote, cada um receberá a honra de sua posição. O ciúme e a inveja e fazem com que esses valores não sejam reconhecidos por muitas pessoas. Assim se constitui uma indisciplina. O desejo de igualdade foi a causa da queda de Lúcifer. Esse anseio tem levado muitas pessoas à desventura. O indivíduo que tem esse sentimento geralmente complica a própria vida e a dos outros. A pessoa é capaz de fazer qualquer coisa para alcançar o mesmo sucesso que as demais.
Lúcifer e o sentimento de igualdade
O sentimento de igualdade leva à cupidez, ou seja, à ambição, à cobiça e aos questionamentos para ser igual à àqueles que estão na liderança, esse tipo de gente nunca se satisfaz ou se contenta com o que tem. Satanás era rodeado de privilégios, mas isso só não lhe bastava, queria mais, “subirei acima das estrelas e serei semelhante ao altíssimo” (Is 14.12-14). “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor”. (Ez 28.17). O orgulho leva o indivíduo a ter um sentimento de igualdade. Com esse sentimento Lúcifer não somente agravou a si, mas a terça parte dos anjos e a humanidade inteira (Ap 12.3-4)
O sentimento de igualdade conduz ao desrespeito
Devemos levar em consideração que não existe igualdade sem respeito, quando isso acontece é porque não reconhecemos os nossos limites. Mirian e Arão queriam ter as mesmas primazias de Moisés (Nr 12.2-8); Os filhos de Coré se rebelaram contra Moisés e Arão; o sentimento de Coré era ter a mesma liderança que tinham os dois irmãos (Nr 16.3-5); O rei Saul teve esse sentimento de igualdade, quis ser sacerdote, por não esperar que Samuel oferecesse o sacrifício (I Sm 13.8-10); Abisalão queria usurpar o trono do próprio pai (2 Sm 15.1-11); O rei Uzias havendo-se já fortificado exaltou-se o seu coração e quis ser sacerdote, entrou no santuário e quis oferecer incenso (II Cr 26.16-20); Simão, “o mágico”, queria comprar o poder do Espírito Santo que havia em Pedro (At 8.18-20); Os filhos de Ceva queriam ter a mesma autoridade de Paulo para expulsar demônios (At 19.13-15). As pessoas que são chamadas por Deus, para exercer uma função ministerial, não galgam essa posição através de dinheiro, mas por misericórdia e soberana vontade de Deus (Rm 9.14-17) da mesma maneira, os dons ministeriais (Ef 4.11).
O sentimento de igualdade é um engano
O sentimento de igualdade mórbido é perigoso porque leva o sujeito ao engano. Não me refiro aqui ao sentimento de igualdade do que falam Pedro e Paulo sobre os membros da igreja de Cristo, o que estes pregam é um sentimento de amor ao próximo, fraternidade e união (I Pe 3.8,9), e não de interesses pessoais como aconteceu na igreja de Corinto, cada um puxava a autoridade daqueles que eles queriam como seu líder (I Co 1.10-13). O sentimento de igualdade leva o homem a ter uma autoridade artificial, por isso Paulo disse: fui eu crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de Paulo? (I Co 1.13).
As consequências
Quando a pessoa entra pelo caminho do sentimento de igualdade, ela acha que todos são iguais a si, ou seja, não reconhecendo aqueles que estão em posição de autoridade sobre o outro; entretanto, as consequências virão, como citamos anteriormente. Os filhos de Coré tiveram as suas consequências (Nr 16.31-33); Mirian ficou leprosa (Nr 12.9-10); O rei Saul, perdeu o reinado (I Sm 13.13,14); Absalão recebeu a recompensa pelo que fez com seu pai (2 Sm 18.9); O rei Uzias, morreu leproso (2 Cr 26.21); Os filhos de Ceva “os exorcistas” levaram uma surra (At 19.16); Simão “o mágico” custou-lhe uma repreensão de Pedro (At 8.20-22)
Pessoas que não tiveram sentimento de igualdade
Existem algumas personagens nas Escrituras que não foram levados por esse sentimento, mas reconhecem as suas funções. Moisés não teve sentimento de igualdade quando informaram a ele que Eldade e Medade profetizam no arraial (Nr 11.25-29); Davi, sabendo que fora escolhido para ser rei, esperou o seu tempo reconhecendo a autoridade de Saul que reinava. Deus tinha dado duas vezes a vida de Saul nas mãos de Davi, mas ele se achou indigno de matar Saul, seu rei, ainda chamando-o de senhor (I Sm 24.4-6; 26.8-11); Jesus não teve o sentimento de ser igual a Deus, embora sendo Deus, mas tomando forma de servo se humilhou (Fp 2.5-8).
            O sentimento de igualdade mórbido “doentio” é desaprovado por Deus, porque desrespeita as autoridades e leva o indivíduo a criar caminhos e gerar consequências para si próprio. O exemplo de Lúcifer deixa claro isso: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (I Pe 5.5b). Devemos entender e respeitar a posição e a autoridade daqueles que são constituídos por Deus, mas tomar como exemplo aquelas pessoas que não tiveram sentimento de igualdade doentio. Reconhecer que o soldado é honrado como soldado, um rei será honrado como rei, um sacerdote terá a honra de um sacerdote, mas cada um fique na vocação em que foi chamado.
Pr. Elis Clementino - Itapissuma-PE

CELEBRAÇÃO AO SENHOR


ESBOÇO 499
TEMA: CELEBRAÇÃO AO SENHOR
“Celebrai com júbilo ao Senhor...” Salmo 100.1-5
           
O salmista conclama a todos para celebrarem ao SENHOR, neste salmo encontramos doze exortações expostas pelo seu escritor. É importante saber que a nossa celebração a Deus não deve ocorrer somente nos momentos faustosos das nossas vidas, mas também nos momentos obscuros, nas adversidades quando ninguém nos contempla, mas somente Deus. Devemos levar em consideração dois momentos durante a nossa vida aqui, o dia da prosperidade e o dia da adversidade (Ec 7.14), na prosperidade goze bem e festivamente, mas com equilíbrio, e na adversidade pondere, reflita sobre as suas atitudes. Nesse comentário razoaremos sobre a celebração, como as pessoas reagem quando celebramos a Deus e o valor que se deve dar a adoração.
Celebrar
Festejar ou solenizar, pois quando abrimos os nossos corações para celebrar ao Senhor é porque reconhecemos a magnitude da sua grandeza, além de tudo àquilo que ele tem realizado em nosso favor. Na nossa maneira de expressar esse festejo nos leva até a exceder um pouco a ponto de chamar a atenção de outras pessoas e elas ignorarem, isso não foi diferente com Davi quando trazia a arca do Senhor para Jerusalém, ele quebrou preceitos para festeja a volta da arca adorando ao Senhor (I Cr 15.27,28), mas para Mical sua mulher aquela maneira de adorar ao Senhor era vergonhosa, um rei dançar alegremente no meio do povo trazendo arca era uma aberração; vejam a sua expressão sobre aquele episódio (I Cr 15.29), mas qual a razão para Davi fazer tudo aquilo? (1) Na presença de Deus há alegria, pois a arca da aliança representava a presença de Deus, e no lugar em que a arca estivesse ele seria abençoado (I Cr 13.14); (2) Pouco importava o desprezo por louvar ao Senhor (3) Deus havia feito muito mais do que ele merecia. A formalidade nos dias atuais tem feito com que muitos não abram mais o seu coração para glorificar a Deus, isso para não ser ridicularizado pelos formais, cuidado com o formalismo.
Celebrar ao Senhor incomoda
Qualquer atitude de celebração a Senhor pode incomodar pessoas, Mical sentiu-se incomodada com a atitude de Davi em pular e dançar diante da arca, ela o desprezou, mas somente celebram ao Senhor aqueles que reconhecem seus benefícios (Sl 116.12,13). As escrituras registram também duas ocasiões em que mulheres trouxeram em suas mãos vasos com unguento e depositavam aos pés de Jesus, no entanto as ações delas incomodaram a muitos naqueles momentos, mesmo debaixo das criticas e dos olhares repugnantes, elas não desistiram de adorar, cada um tem a sua maneira de agradecer, louvor e adorar, a mulher que entrara na casa do fariseu e a do jantar na casa de Lázaro, traziam consigo unguentos preciosos e lançavam sobre o seu mestre (Lc 7.39; Jo 12.3).

Valor da adoração
Quem adora, adora sem reservas, ou seja, para elas não importavam o valor monetário das especiarias, mas o sentimento de gratidão, elas ofereciam com um coração sincero. Dê o melhor do coração para Deus, seja gemendo ou chorando, com lagrimas ou sem, dê o melhor! O sentimento de adoração vai muito mais além de uma oferta ou mesmo festejar e cantar, é envolver-se nos mistérios de Deus em espírito e em verdade, “Importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4:24), com espírito, alma e corpo, ofereça ao Senhor o melhor do seu nardo, cujo teor seja a essência da gratidão. No coração daquelas mulheres havia esse sentimento que valia muito mais do que regar-lhes os pés com lágrimas, muito mais do que enxugar com os cabelos. Para o mestre o mais valioso naquele momento não era o que estava sobre a mesa, como os alimentos e em volta muitas pessoas, mas sim, a atitudes das mulheres que quase não se viam, no entanto Jesus via nelas um real sentimento de adoração e agradecimento, diferentemente de muitos naquela época que adoravam de lábios e não de coração (Mt 15.7-9).
             A formalidade tem tomado conta de muitas igrejas pentecostais, algumas delas tem tornado-se mornas e frias, fazendo com que muitos crentes sintam saudades dos cultos fervorosos como eram os da igreja primitiva, há! Que saudade dos tempos antigos quando os crentes davam glórias a Deus e ledice. A chama pentecostal não pode ser apagada das nossas vidas. Atualmente os olhares se voltam para aquelas pessoas que ainda glorificam a Deus e dão aleluias. Devemos pedir a Deus que esse sentimento de gratidão jamais desapareça do nosso meio. Muitos cristãos dizem que estão louvando e adorando a Deus, quando na verdade estão apenas massageiam o ego das pessoas, fazendo-as focar somente naquilo que lhes tragam benefícios ou favorecimentos “eu quero estar lá em cima no pódio mais alto e te contemplar lá em baixo” isso não é louvor a Deus, mas às vezes um desabafo direcionado à alguém. Da mesma maneira existem indivíduos que cantam somente para irritar seus vizinhos fazendo pouco dessas pessoas, quem disse que isso é estar louvando a Deus? O Senhor nos guarde desse tipo de adoração. A Bíblia não nos ensina a adorar dessa maneira, mas com um coração humilde e sincero desejando que até os nossos inimigos restaurem em tudo a sua vida e vivam bem da mesma maneira que nós.
Pr. Elis Clementino - Itapissuma

O MENSAGEIRO SEM SUCESSO


ESBOÇO 500
TEMA: O MENSAGEIRO SEM SUCESSO
Então disse o rei: Vai bem com o jovem, com Absalão? Disse Aimaáz: Vi um grande alvoroço, quando Joabe mandou o servo do rei, e a mim, teu servo; porém eu não sei o que era”. (2 Sm 18.29)
Em todos os lugares existem pessoas que se antecipam em para realizar algo que não lhe pertença, às vezes tomando o espaço de outros. A Bíblia sagrada tem um belo exemplo sobre Cusi, o cuxita, o emissário e Aimaáz o oferecido, para entregar ao rei uma mensagem que não lhe pertencia. Às vezes o desejo de realizar algo é mais forte, embora não se saiba como fazer, Aimaáz queria ser o mensageiro para trazer as novas ao rei. As pessoas se sentem prazerosas em dar noticias principalmente quando é uma pessoa influente ou um líder, mas existem também outros que podem fazer o mesmo serviço. Aimaáz era um homem de bem e considerado pelo rei (2 Sm 18.27), mas isso não significa que todas as vezes que necessitasse de um o mensageiro deva ser ele, no entanto quando uma pessoa toma a frente para fazer que não seja para ele geralmente torna-se uma pessoa antecipada. Falaremos nesse assunto sobre esses dois mensageiros, um enviado e o outro oferecido.
Os dois mensageiros
Existem tarefas que são destinadas a determinadas pessoas, mas é necessário saber se essa ou aquela estará apta a cumpri-la, porém, cabe ao individuo esperar a sua ocasião, quando isso não acontecer vem às preterições, e as consequencias podem ser imediatas. O enviado para levar ao rei a mensagem da morte de Absalão era Cusi (2 Sm 18.21), mas Aimaáz não se conteve em ficar no seu lugar, quis também ser o mensageiro de Joabe, porém ele achou que Aimaáz não seria a pessoa ideal para ser o mensageiro naquele momento e sim Cusi (2 Sm 18.22b), observamos ai uma carreira cansativa e sem propósito, um sacrifício sem sucesso. Atualmente acontecem as mesmas coisas, pessoas se adiantam para fazer algo que não lhe é mandado, podia ser que ele soubesse do acontecimento, mas o que eu questiono aqui é que Aimaáz não fora diretamente enviado para dar a mensagem, porém ele perante o rei não sabia o que dizer sobre o acontecimento, apenas ficou enrolando “eu vi um grande alvoroço, quando Joabe mandou o servo do rei, e a mim, teu servo; porém não sei o que era” (2 Sm 18.29).  A imprudência de Aimaáz fez com que o rei o deixasse de lado (2 Sm 18.30), o mais interessante naquele momento era a mensagem e não o mensageiro.
Existem pessoas que são antecipadas para determinados tipos de coisas, entretanto nem todas elas estão aptas para fazê-las, as mesmas coisas sucedem em relação às pessoas piedosas, nem todos têm os mesmos tipos de tarefas e dons, entretanto é necessário entender que cada um tem uma missão especifica de conformidade a sua capacidade, tanto nos talentos naturais, quanto nas tarefas espirituais e dons ministeriais (Ef 4.11). Às vezes as pessoas têm vontade de fazer algo mais, talvez para agradar alguém, pode ser que esse seja o caso de Aimaáz, que numa forma de ajudar acabou não ajudando em nada. Devemos entender que mesmo sendo um mensageiro, não significa que a mensagem esteja com ele. Devemos ter a consciência que Deus tem outros portadores para anunciar a palavra, embora tendo a chamada, mas nem sempre a palavra, portanto mensageiro é aquele que ver e escuta, mas não poderá falar nada se nada tem. Cada um tem o momento da sua oportunidade, Cusi “negro” era o mensageiro da vez. Portanto há determinadas coisas que somente devemos fazer quando nos for ordenados.
Sem Corr.
Pr Elis Clementino – Itapissuma - PE

O SENTIMENTO DE DERROTA


ESBOÇO 501
TEMA: O SENTIMENTO DE DERROTA
“E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que os meus pais”  I Rs 19.4.
Qualquer indivíduo está sujeito a enfrentar momentos tão difíceis que parecem não serem superados, infelizmente nessa ocasião nasce o pressentimento de derrota, impossibilitando-o ver um desfecho feliz. Esses episódios podem deixar a pessoa totalmente estressada e consequentemente depressiva a ponto de levá-las a desejar a morte. Alguns homens de Deus viveram circunstâncias semelhantes.
Elias, um profeta frustrado
Há momentos que parecem estarmos sós, principalmente quando os projetos estão indo de água a baixo, quando tudo anteriormente dava certo, depois tudo começa a retrogradar, é nessa ocasião que o desespero toma conta e começamos a ver que não há mais saída. Dessa forma, muitas pessoas não suportam e aniquilam as suas próprias vidas. A situação de Elias é bastante privilegiada por ser um profeta de Deus, mas não importa, seja servo de Deus ou não, todos estão sujeitos a enfrentarem problemas. O que mais lhe frustrou foi saber que era servo de Deus e chegar à situação que chegou “ao fundo do poço”, como se diz, quando as pessoas se sentem prejudicadas por alguma coisa considerável e sem saída. “E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que os meus pais” I Rs 19.4.
Moisés, e o sentimento de impotência
Durante a condução do povo no deserto e a responsabilidade que pesava diante dos seus ombros Moisés pediu a Deus que o matasse para ele não ver a sua ruína.  “E se assim fazes comigo, mata-me, eu te peço, se tenho achado graças aos teus olhos; e não me deixes ver o meu mal”. (Nr 11.15). Há alguns desejos, principalmente nos momentos de desespero que Deus não leva em consideração, por conhecer as nossas limitações. “Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.” (Sl 103.14).
O sentimento de Mefibozete
O sentimento de derrota leva a pessoa a duvidar até da sua restauração e sucesso. Mefibozete jamais acreditaria no que ele estava ouvido e vendo, o convite do rei para ser honrado, o seu sentimento de
impossibilidade era tão grande que disse:  - “Então, se inclinou e disse: Quem é teu servo, para tu teres olhado para um cão morto tal como eu?” (2 Sm 9.8) quantas pessoas estão como Mefibozete além de estar esquecido é coxo dos pés (2 Sm 9.3), jamais ele acreditaria que comeria à mesa do rei. Sentimento de inferioridade faz com que as pessoas nunca tenham a perspectiva de um futuro promissor, ela nunca se olha como útil, mais para as impossibilidades, e não no que Deus possa fazer por ele.
O Profeta Jeremias
Esse profeta do Senhor frustrou-se ao limite, quando não viu acontecer tudo quanto o Senhor havia lhe falado na sua chamada (Jr 1.5,8, 10,19), logo ao exercê-la padeceu muitos sofrimentos como: Esbofeteado, preso, chicoteado, amarrado em um cepo, jogado em uma cisterna entre outros. Esses acontecimentos levaram o profeta a dizer: “Não me lembrarei mais de ti, nem falarei mais no teu nome” (Jr 20.7-9). Há coisas que desejamos em nossos corações que não são aceitas por Deus, Jeremias estava querendo vingança imediata, e não era isso que Deus queria. Devemos saber que os caminhos e pensamentos de Deus são diferentes dos nossos (Is 55.8,9). A palavra pregada por ele teria o seu cumprimento no tempo certo (Is 55.10,11). Ele devia ser calmo e cumprir a sua missão.
O sentimento de derrota deixa a pessoa incapaz de pensar, agir, acreditar em si mesma e no seu potencial, sobretudo em Deus, nesse momento ela ver pela frente somente derrotas (1 Rs 19.4; Rt 1.21; Lc 7.13; Jz 7.7; 2 Cr 20.15). Esse sentimento de impotência tem prejudicado muitas pessoas, pois ele não ver saída, ou seja, sente-se ilhada vivendo uma vida de amargura, (Rt 1.20). Esse sentimento produz dúvida na execução das tarefas, e falta de confiança no que faz, sendo uma pessoa totalmente insegura (Mc 11.23; Mt 14.26). Somando todas essas coisas surgem à debilidade física e psicológica, o estresse e a angústia que consequentemente leva a pessoa a um estado de depressão ao ponto de ter vontade de morrer, como aconteceu com o profeta (Nr 11:15; I Rs 19:4). Jonas no seu descontentamento; pediu para morrer (Jn 4:1,3,8). Nós não somos melhores do que esses homens, eles eram sujeitos as mesmas paixões que nós (Tg 5:17). Cuidado para que a frustração não rasgue todos os seus sonhos e planos. Deus nos dará o escape necessário para a vitória (Fp 4.13).

Pr. Elis Clementino – Itapissuma – PE *

COMUNHÃO ENTRE IRMÃOS


ESBOÇO 502
TEMA: COMUNHÃO ENTRE IRMÃOS
“Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos de misericórdia, completai a minha alegria, de modo que pensei a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento”. (Fp 2.1,2)
A comunhão entre pessoas está ficando cada vez mais escassa, ela é ressaltada nas sagradas escrituras como um meio para que os indivíduos de uma sociedade possam viver bem. Não faz muito tempo que as pessoas tinham um relacionamento mais próximo entre visinhos, parentes e amigos, nas calçadas das casas aconteciam às belas prosas entre eles, brincavam, riam e tudo acontecia naturalmente, era o normal em uma sociedade. Mas com o passar do tempo parece-nos que o individualismo foi isolando as pessoas uma das outras. Atualmente a coisa se agravou com o aumento do isolamento cibernético, onde as pessoas se isolam no mundo da internet deixando de lado o contato mais pessoal com amigos e até a própria família, porém, temos que nos conscientizar que esse avanço tecnológico traz seus benefícios e malefícios. Ou falamos isso hoje ou então conformadamente arcaremos com prejuízos que refletirão na família e consequentemente na sociedade. A comunhão não se limita somente a vida religiosa, mas nos relacionamentos e compartilhamentos.
Significado de comunhão
De maneira resumida é a associação com uma pessoa envolvendo amizade, incluindo participação nos seus sentimentos, nas suas experiências e vivências e a comunhão dos fiéis, união no mesmo estado de espírito: estar em comunhão de idéias com outrem.
Comunhão, relação de respeito
Ela não se refere somente à comunhão de fé, mas também em um estado de espírito, em comunhão de ideias em uma “comunidade, congregação, irmandade e sociedade” havendo respeito entre indivíduos (I Co 1.10). Outros tipos de comunhão como: Direito, comunhão de bens, ou seja, a participação dos cônjuges no patrimônio do casal. Comunhão é muito mais do que um aperto de mão ou um abraço, é um relacionamento que envolve propósitos e atividades comuns.
A comunhão dos apóstolos
A igreja cristã primitiva, ela desenvolveu o seu potencial através da unidade, onde há comunhão o individualismo não prevalece. A comunhão dos apóstolos resultou no fortalecimento e suprimento da igreja, no entanto essa prática de compartilhamento era natural entre os cristãos (At 2.42; 4.32-34), já no primeiro século com o crescimento da igreja os problemas de relacionamentos foram aumentando trazendo sérias dificuldades para a obra, enquanto a comunhão une, a desarmonia causa contenda e divisão, e quando isso acontece não há espaço para a graça de Deus, dificultando a pregação do evangelho e a permanência dos novos convertidos na igreja (I Co 3.3; 12.13). Essa comunhão nos dias de hoje não deve ser diferente.
A comunhão do crente com Cristo
Quando o indivíduo se dispõe a seguir a Cristo, e ingressando na igreja ele passa a ser um membro dela, a igreja é chamada de “o corpo de Cristo”, sendo ele próprio cabeça desse corpo, os membros dela devem ser saudáveis, pois assim sendo esse corpo cresce, ele descreve também a comunhão dos cristãos usando a analogia do corpo humano da seguinte forma: (1) os membros são diversos (I Co 12.12,13); (2) há harmonia no funcionamento dos mesmos (I Co 12.13,14); (3) A dependência mútua era necessária (I Co 12.21-26); (4) a diversidade dos membros leva-os a fazerem a vontade de Deus (Rm 12. 27-31) Paulo compara com a construção de um edifício (Ef 2.21),
A comunhão entre os irmãos
A comunhão entre irmãos nos leva a participar dos sentimentos, não visualizando propriamente o que é nosso, mas também para o que dos outros, assim como Cristo (Fp 2.4,5). Estamos sentindo a dor do nosso irmão? Estamos chorando com ele? Estamos intercedendo por ele? (Rm 12.15,16). O amor entre irmãos é uma prioridade porque é mandamento do Senhor (I Jo 1.10;2.9-11), não é um amor aparente para se aproveitar de alguma coisa em beneficio próprio, “é o amor Ágape” somos um corpo e todos os nossos membros compartilham uns com os outros, exceto quando alguns estão doentes.
A comunhão entre irmãos é essencial e proveitosa tanto para o crente, quanto a comunidade cristã, pois ela foi quem levou a igreja ao crescimento, foi nessa relação respeitosa que conviveram os apóstolos da igreja do primeiro século (At 2.42,43). Os cristãos devem viver em harmonia, esse não era somente o desejo do salmista (Sl 133.1), mas também de Paulo apóstolo do Senhor.

Pr. Elis Clementino

FOGO ESTRANHO NO ALTAR


ESBOÇO 503
TEMA: FOGO ESTRANHO NO ALTAR
“Ora, Nadabe, e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário e, pondo neles fogo e sobre ele deitando incenso, ofereceram fogo estranho perante o Senhor, o que ele não lhes ordenara. Então saiu fogo de diante do Senhor, e os devorou; e morreram perante o Senhor.” Lv 10.1,2
            Desde a antiguidade as pessoas tentaram mudar princípios estabelecidos pelo Senhor, um deles, era que nenhum sacerdote deveria oferecer sacrifícios e queimar incenso fora dos padrões instituídos na lei do holocausto. Os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, foram mortos porque trouxeram fogo estranho perante o Senhor. Veremos nesse delineamento sobre algumas maneiras de se oferecer o que não é verdadeiro ao Senhor.
O sacerdócio no tabernáculo
Deus escolheu sacerdotes e dando sequência pessoas da família (pais e filhos) para exercerem o sacerdócio, e ao mesmo tempo foram determinadas quais as tarefas, normas e como deveriam exercer. Entretanto, os filhos de Arão resolveram fazer algo que estava fora da determinação do Senhor “Nenhuma coisa em que haja defeito oferecereis, porque não seria aceita a vosso favor. O cego, ou quebrado, ou aleijado, ou verrugoso, ou sarnoso, ou cheiro de impigens, este não oferecereis ao Senhor e deles não poreis oferta queimada ao Senhor sobre o altar”. (Lv 22. 20,22). Ora! Tudo aquilo que está fora dos padrões determinados por Deus ferem o mandamento sagrado, e consequentemente tem um preço, podemos destacar a morte dos filhos de Arão (Lv 10.2b). O incensário era um recipiente onde se punha a essência aromática e fogo sobre eles para que a fumaça e o perfume daquela essência se espalhe em todo lugar do santuário. Mas, que fogo estranho era esse? “fogo estranho” no original significa “brasas vivas estranhas”, não se sabe ao certo o que era esse fogo adventício, entretanto todos os sacerdotes tinham o conhecimento do ritual estabelecido por Deus, porém a quebra de um dos rituais se constituía uma grande falta de obediência, como acontecera com algumas autoridades das escrituras; Moisés perdeu a oportunidade de entrar na terra prometida (Dt 34.1-8); Sansão pela quebra da lei do narizeado (Jz 16.17-19); Hofni e Finéias profanaram o sagrado (I Sm 3.11-14); Saul por oferecer sacrifício o que não era para ser feito por ele (I Sm 13.8-14); Uzias chegou ao ponto de se sentir superior aos sacerdotes entrou no templo para queimar incenso (2 Cr 26.18,19), entre outros. Tudo isso significava para Deus fogo estranho a quebra de princípios, sendo assim, cabe ressaltar que a alta posição desses homens não os tornara imunes ao castigo divino, a santidade deveria ser preservada, essa era a lei imposta aos sacerdotes.
Contemporaneidade
Devemos levar em consideração que Deus não mudou, podemos também aplicar essa lição nos dias no exercício do sacerdócio. Quantas vezes fazemos algo que não é agradável a Deus e depois subimos aos púlpitos para ministrar, desse momento em diante estamos oferecendo fogo estranho no altar, do qual Deus não se agrada, ou seja, não estamos sendo coerente com os princípios divino, além de não vivermos uma vida de santidade, isso é fogo estranho, hoje no tempo da graça Deus age com misericórdia nos concedendo oportunidade para nos arrepender e chegar ao conhecimento da verdade, se assim não fosse poderíamos morrer como aqueles dois moços por se aproximarem do altar de modo impróprio desobedecendo ao mandado divino.
Devemos nos chegar ao altar do Senhor conforme ele estabeleceu, não é de nossa competência estabelecer regras, principalmente àquelas que de alguma maneira venham nos favorecer, ele é quem determina, tenhamos cuidado com o fogo estranho no nosso meio, é muito comum vermos em algumas igrejas coisas absurdas e estranhas para nós, e muito mais para Deus. Existem duas coisas estranhas; incenso comum e fogo que não procedem do altar. O incenso comum fala da adoração formal e o fogo estranho que não é do altar corresponde àquelas animações por meio da agitação manuseada, é a substituição da verdadeira devoção por qualquer coisa. A Igreja de Coríntios estava nessa situação (I Co 1.11-13; Cl 2.8, 16-19). Os ditames mundanos estão entrando nas igrejas e muitos líderes aceitando para terem seus templos cheios, ostentar o seu poder e ofertas volumosas. Deus não tem aceitado todo tipo de oferendas nos sacrifícios, não nos conformemos com as práticas mundanas (Rm 12.2), no entanto devemos viver como filhos obedientes não nos conformando com as concupiscências que havia antes pela nossa ignorância (I Pe 1.13-16). Eis ai um único sacrifício recebido por Deus exposto “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás (Sl 51.17).
Pr. Elis Clementino – Itapissuma – PE

A REGENERAÇÃO

A REGENERAÇÃO



ESBOÇO 504
TEMA: A REGENERAÇÃO
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus...” João 3.3-8.
A regeneração no sentido teológico é um processo espiritual e divino, regenerar é o restabelecimento daquilo que estava derrocado, e o renascimento de uma nova vida através de Cristo, “no latim regenero, -are” significa restaurar, corrigir e revivificar. Esse é o processo usado por Deus para restaurar um vil pecador. É impossível separar regeneração da salvação, pois ela está inserida no estudo da Soteriologia, ou seja, “estudo da salvação” sem a salvação jamais o homem teria acesso ao reino dos céus. Jesus ao falar sobre o assunto a Nicodemos disse: - Você não se surpreenda com o que estou dizendo, você precisa nascer de novo. Discorreremos de forma simples sobre essa doutrina.
Nascer de novo
A fala de Jesus em (Jo 3.3) não significa reencarnação, o espiritismo considera o texto falado por Jesus como o retorno da alma em outro corpo, as vezes que forem necessárias, inclusive citam (2 Co 5.17), entretanto não é isso a que Jesus se refere. A salvação é um processo que envolve vários estágios, a expiação, arrependimento, conversão, regeneração, santificação, justificação e glorificação. A regeneração é a concessão da vida à alma (Jo 3.5; 10.10,28; I Jo 5.11,12), é a doação divina de uma nova natureza ao homem (II Pe 1.4), em alguns textos bíblicos um novo coração (Jr 24.7; Ez 11.19; 36.26), que consequentemente se tornará uma nova criatura (II Co 5.17; Ef 2. 1; 4.24). Os processos humanos são incapazes de regenerar espiritualmente uma pessoa, mesmo que investisse todos os seus recursos.
Resultados da regeneração
Quando uma pessoa se aproxima de Deus para obter regeneração espiritual deve saber que não são algumas qualidades que sinalizam ou comprovam essa regeneração e nem garantem a realidade dela, mas através de uma vida de santificação contínua, essa separação espiritual se atribui ao processo de regeneração, pela qual habilita o crente a uma comunhão mais íntima com Deus através do Espírito Santo lhe proporcionando ajuda (Jo 14.16,17). A regeneração permite o desenvolvimento e manifestação do fruto do Espírito no cristão (Gl 5.22-25), e consequentemente a justificação divina, ela libera aos cristãos o revestimento de poder, evento que é necessário para a realização da obra de Deus (Lc 4.14; 24.49; At 1.8; 10.38).
Precisamos compreender que o arrependimento e a conversão antecedem a regeneração, pois sem eles, jamais estaríamos aptos a entrar no reino de Deus, como também receber outros eventos que sucederão. É impossível experimentar o melhor de Deus e continuar na vida pecaminosa, visto que todo esse processo resulta em uma nova criatura (2 Co 5.17). Quando um indivíduo tem essas características, não significa que o pecado tenha sido erradicado totalmente da sua vida (I Jo 1.8-10), também não é necessário usar os métodos do legalismo ou ascéticos que subjugam a carne para obter a santidade, ou seja, por meio de privações e sofrimentos (Mc 7.5-13), assim sendo, a regeneração é uma ressurreição espiritual, um começo de uma nova vida em Cristo, as coisas velhas passaram e tudo se fez novo.
Pr. Elis Clementino – Itapissuma -PE

OS DONS ESPIRITUAIS

OS DONS ESPIRITUAIS



ESBOÇO 505
TEMA: OS DONS ESPIRITUAIS
“Porque a um é dada, pelo Espírito, a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de conhecimento...” (I Co 12. 8-11).
É fundamental que os cristãos pentecostais conheçam a doutrina dos dons; a falta desse conhecimento pode trazer problemas à igreja local. Por isso o Apóstolo Paulo escreveu à igreja de Corinto para mostrar-lhe as verdades sobre e como são distribuídos os dons do Espírito Santo na igreja (I Co 12.12).
I. Paulo lembra aos crentes de Corinto a sua situação espiritual, antes e depois que se converteram a Cristo; eram pagãos desviados da verdade servindo aos ídolos, mas agora depois de terem feito uma confissão básica “Jesus é Senhor”, precisavam compreender melhor essa realidade sobre o imaterial. Paulo deixou bem claro que ninguém pode dizer que Cristo é maldito se estiver falando pelo Espírito de Deus, e que ninguém pode dizer que Jesus é Senhor que não seja pelo Espírito Santo (I Co 12.1-3).
II. Paulo fez uma exposição clara sobre os vários tipos de dons, afirmando que eles emanavam de uma mesma fonte, “o Espírito Santo”. Ele é quem distribui esses dons como quer, entretanto, os coríntios deveriam conhecer também que existem maneiras diferentes de servir, mas que o Senhor é o mesmo, ou seja, que vêm da mesma fonte (I Co 12.4,5). Ele também falou sobre a existência de habilidades diferentes em relação ao trabalho, mas que o Deus era o mesmo e que dava a cada um a habilidade para realizá-lo (I Co 12.6).
III. Para quê e como são distribuídos os dons espirituais? Os dons espirituais são um ornamento para a Igreja, o corpo de Cristo, com a finalidade de dar prova da presença do Espírito Santo nela, esses dons são distribuídos entre os crentes em Cristo, de forma diferente (I Co 12.7).
(1) A uns o Espírito Santo dá a mensagem da sabedoria; (2) A outros, o mesmo Espírito dá a mensagem do conhecimento; (3) Outros recebem, pelo mesmo, Espírito o dom da fé; (4) A outro, o poder de curar; (5) Outro recebe o dom de operar milagres; (6) Outro recebe o dom de anunciar a mensagem de Deus; (7) Outro recebe o dom de discernir os espíritos, ou seja, se eles são de Deus ou não; (8) Para outro é dado o dom de línguas estranhas; (9) A outro, a interpretação dessas línguas (I Co12.8-10). Mas, esses dons vêm de um só Espírito e são distribuídos conforme a sua vontade, eles não são motivos de exibição pessoal ou promoção espiritual, mas são para edificação da igreja. Há dois tipos de dons que são mais conhecidos e mais usados na igreja, são eles: Os dons de línguas estranhas e o de profecias, embora muitos cristãos não saibam usá-los, além de ignorar os de sabedoria e de conhecimento quando são manifestos na igreja através daquele que está ministrando a palavra. Observem que eles focam mais os dons de línguas e o de profecias (I Co 14.18,19).
Qual a função de falar em línguas estranhas, segundo as escrituras? Mostrar que o crente é portador da promessa (Is 44.3; Jl 2.28,29; Mc 16.17; Lc 24.49; Mc 16.17; At 1.5-8); que é um sinal do revestimento de poder (At 2.3,4); que o falar em línguas serve para orar, falar com Deus e não com os homens (I Co 14,15; Rm 8.26; Ef 6.18; Jd 20) e para edificação própria.
O Apóstolo Paulo apresenta a maneira correta e como os cristãos deveriam fazer uso desses dons, pois a igreja de Corinto necessitava de um esclarecimento a respeito. Para Paulo todos os dons eram importantes, mas os de línguas estranhas e o de profecia ele os destacou (I Co 14.4,5), e disse que eles deveriam usar com muita cautela, porque o dom de línguas edifica o próprio crente e o de profecias edifica a Igreja (I Co 14.5,12). A igreja de Corinto estava abusando desse dom, Paulo estabeleceu sérias restrições para o seu uso (I Co 14.26-28).
O falar em línguas estranhas não é o modo de indicar santidade ou que tenha intimidade com Deus, mas mostrar que Deus é fiel para cumprir suas promessas ao seu povo; esse Dom não é dado como garantia da salvação (Mt 7.21-23). Existem três categorias de dons na vida do cristão: (1) habilidades naturais são aquelas que mostram a formação do seu QI: facilidade de falar (Ex 4.10-14; At 18.24,25); (2) habilidades adquiridas como aprender uma profissão, um idioma etc. (3) Dons espirituais, esses não se adquirem e não se aprendem (At 2.4; I Co 12.11). Nenhum cristão pode afirmar que não possui pelo menos um dom espiritual, Pedro afirma que todos têm pelo menos um dom (I Pe 4.10), isto mostra que para o corpo ser perfeito precisa de todos seus membros, como a igreja para ser edificada precisa de todos os dons, todavia, forma uma unidade. O  dom que eu não tenho, dele eu  preciso através do meu irmão que o possui, por exemplo: A mão não pode dizer que não depende do  pé... (I Co 12.15-18). Com ele mostra que há unidade entre os dons.
            Devemos levar em consideração os dons espirituais, bem como o seu valor, e procurar usá-lo com entendimento. Os demais dons são importantes e devem ser desejados, buscados e usados cuidadosamente, tendo sempre em mente que eles não são propriedades de ninguém para que o homem não se ufane, mas da igreja de Cristo. “Procurai com zelo os melhores dons, e eu vos ensinarei um caminho mais excelente (I Co 12.31).
Pr. Elis Clementino – Itapissuma - PE

A PALAVRA DE DEUS

A PALAVRA DE DEUS


ESBOÇO 506
TEMA: A PALAVRA DE DEUS
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” Salmo 119.105.
A palavra de Deus é o único manual para o ser humano, pois, através dela encontraremos o caminho da felicidade e da vida, e é divinamente inspirada por Deus para todo o bem (2 Tm 3:16; 2 Pe 1:20,21; Rm 15:4: Rm. 15:4). Discorreremos de forma simples sobre a palavra de Deus, sua autenticidade e inspiração.
A Bíblia Sagrada é um livro reconhecido em todo mundo como a palavra de Deus. Ela é um livro diferente dos demais porque trata da existência das coisas, da história e do estado espiritual da humanidade. Nela encontramos relatos importantes e muitos atos do criador; e o que comprova ser ela a palavra de Deus é por ser viva e eficaz (Hb. 4.12). Também pela forma que fora escrita: por cerca de quarenta homens de regiões e culturas diferentes. O mais impressionante é que parece que havia diálogos entre os seus escritores, devido à harmonia como fora escrita, desde o primeiro livro até o último. A palavra de Deus estabelece princípios e padrões para toda humanidade de qualquer raça e classe social; ela não é um manual de consulta, mas um livro de meditação (Js. 1.8; Sl. 1.2)
A palavra de Deus é uma só nos seus originais: no hebraico, grego e aramaico, e depois traduzida para outras línguas chegando até nós. Sobre a sua inspiração, ainda é questionada por muitos estudiosos, simplesmente por ela ser escrita por homens comuns e sujeitos a falhas. E, nessa visão, entendem que ela não poderia ter inspiração divina; mas, na realidade, ninguém poderia ter escrito suas mensagens de forma tão harmoniosa desde o primeiro até o último livro (2 Pe 1:20,21), se não fosse sob orientação divina. Basta ler alguns textos que comprovam a existência dessa concordância (Gn 3:15; Nr 24:17; Is 7: 14; Mq 5:3; Mt 1:23; Lc. 1:35; Rm 16:20; Gl 4:4). Alguns escritores relataram fatos sobre o Messias há mais de 1500 a.C; narram também o começo e o fim da história da humanidade, essas mensagens eram sempre acompanhadas com declarações: “Assim diz o Senhor” (Ez. 32.1; Jr.2.5) “Veio a mim a palavra do Senhor”, entre outras, ao ouvi-las os israelitas a tinham como a voz de Deus “Palavra de Deus”.
A palavra Bíblia foi aplicada às escrituras por volta do ano 400, por Crisóstomo.  Ela contém toda a vontade de Deus para a humanidade (Is 55:10,11). E o Senhor vela pela sua palavra para cumpri-la em quaisquer circunstâncias (Jr. 1:12), além de não poder mentir, pois aquilo que ele fala se cumpre (Nr 23:19). Sua palavra tem ação e vida em si (Hb 4:12), a única que permanece (Mt 24:35). A palavra de Deus ou a Bíblia é também conhecida como o livro por excelência e as escrituras (Jo 5:39; At. 17:11; 2 Tm 3:16), ela é alimento espiritual (Mt. 4.4 ). Nenhum outro livro é capaz de alimentar o imaterial do ser humano com tanta perfeição, ela é o pão que sacia a fome, a água que dessedenta o peregrino (Sl. 119,19 ). Ela é personificada em Cristo (Jo. 1,1-3 ). Podemos descrever alguns aspectos da palavra de Deus como:
(1) Lei do Senhor (Sl 119.1,18; (2) Um código dos seus preceitos (v.4,15); (3) Uma relação de estatutos divinos (vv.5,33); (4) Um conselheiro indispensável para o homem (v.24); Uma fortaleza (v.28); (5) O caminho da salvação (v.41); (6) Um refúgio seguro (V. 42; (7) A palavra da verdade (vv. 43,142,151); (8) Fonte de esperança (vv. 49,81,114); (9) Fonte de consolação (v.52); (10) Fonte de prazer (vv 70,92); (11) Melhor do que as riquezas (v.72); (12) Mais doce que o mel (v.103); (13) Fonte de sabedoria e de conhecimento (vv. 98,99,104,130) (14) Lâmpada para os pés (v.105); (15) Luz para o meu caminho (v.105). A palavra de Deus será tudo isso e muito mais se obedecida.  Duas coisas são imprescindíveis para todo homem: Temer a Deus e guardar os seus mandamentos, dela emanam todas as promessas para o povo de Deus (Dt. 28).
Pr. Elis Clementino – Paulista -PE

TRES COISAS QUE NÃO SABEMOS




ESBOÇO 507
TEMA: TRES COISAS QUE NÃO SABEMOS
 Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas” (Ec 11:5)
Neste versículo são aludidas três coisas que Salomão fez questão de afirmar não sabermos, o caminho do vento, como se formam os ossos no ventre da que está grávida e as obras de Deus, que faz todas as coisas. Estaremos versando sobre a terceira parte deste versículo, que é o trabalhar de Deus em nossas vidas.
A LIMITAÇÃO HUMANA
A brevidade da vida nos limita a ter maior conhecimento sobre Deus (Jó 8.9; Sl 73.22), como também a respeito do nosso futuro (Ec 8.7), da mesma maneira os imprevistos males futuros (Ec 9.12), e sobre o mistério da vida (Ec 11.5) e os mistérios que envolvem a nossa espiritualidade ((Jo 3.8). Por mais que o homem se esforce não conseguirá entender o trabalhar de Deus (Ec 8.17) e tão pouco enumerar (Sl 40.5).
O TRABALHAR DE DEUS
Deus opera em nós tanto o querer como o efetuar (Fp 2.13), no entanto devemos conhecer nas escrituras sobre alguns personagens conhecidos como heróis da fé, Abraão, José, Moises e muitos Profetas e Reis que deixaram legados que marcaram a histórias da humanidade (Hb 11.). Abrão foi tirado da sua terra do meio da sua parentela para que todas as nações fossem beneficiadas pelo seu exemplo de fé; José desde menino recebia revelação divina sobre a sua exaltação; Moises foi protegido por Deus desde criança quando foi lançado no Rio Nilo e sendo constituiu por Deus um instrumento para a libertar os israelitas da escravidão, falando-lhe do meio de uma sarça. Todos eles passaram por momentos que aos seus olhos pareciam não superar, mas de Deus.
PARA VER O AGIR DE DEUS É PRECISO:
(1) Um viver diário do exercício da fé (Hb 11.1,6; (2 Co 5.7); Mt 8.5-13); (2) Depender inteiramente do Senhor (Sl 16.1; 18.2; 71.1; I Pe 2.6); (3) Crer que não está só (Sl 37.28; Sl 23, Mt 28.20); (4) Crer que Ele trabalha ininterruptamente por você (Is 40.28); (5) Orar para receber revelações divinas (Jr 33.3); (6) Ter a certeza que Deus está agindo, mesmo que não entenda os caminhos dele, e nem os seus pensamentos (Is 55.8,9); (7) Não desanimar, mas receber o encorajamento divino (Is 7.4; 2 Co 4.8).
O AGIR DE DEUS
Houve momentos que o agir de Deus entrou em ação para prover sustendo e dar livramento a seu povo. O senhor fez as águas do Mara se tornaram doces (Ex 15.23-25); Deus alimentou no deserto o seu povo com o maná (Ex 16.35); Fez sair água da rocha (Ex 17.6); Moises venceu os Amalequitas com as mãos levantadas (Ex 17.11-13); O Profeta Elias após a perseguição de Acabe foi sustentado pelos corvos (1 Rs 17.6); Elias na caverna ouviu um som suave lhe tranquilizando, era a voz de Deus (I Rs 19.12,13). Muitas vezes não temos a dimensão do agir de Deus porque não afinamos a nossa visão na providência divina, como Geazi que não tinha essa visão (2 Rs 6.15-17).
Amados, Deus não está obrigado a fazer tudo o que queremos, é muito natural vermos os deterministas querendo forçar a Deus realizar as suas vontades, no entanto essa tratativa é muito comum em nossos dias “coloque Deus na parede” essa não é a maneira correta, Deus age quando nos humilhamos (1 Pe 5.6). Deus não é secretário particular, nem empregado de quem quer que seja. Deus é insondável e soberano em seus propósitos, grande em poder, inalcançável em sua soberania, somos limitados, sobretudo diante da magnitude dele a quem servimos, ele está a contemplar os enfraquecidos e contritos (Is 57:15), se não entendemos agora o trabalhar de Deus, fiquemos tranquilos certamente entenderemos depois.
“Desde a antiguidade não se ouviu, nem com os ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalhe para aquele que nele esperam” (Is 64:4).
Pastor Elis Clementino

TEMA: ATRAINDO, LEVANDO PARA O DESERTO E FALANDO AO CORAÇÃO

ESBOÇO 508
TEMA: ATRAINDO, LEVANDO PARA O DESERTO E FALANDO AO CORAÇÃO
Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. E lhe darei as suas vinhas dali e o vale de Acor, por porta de esperança; e ali cantará, como nos dias da sua mocidade e como no dia em que subiu a terra do Egito” (Os 2.14,15).
            Deus tem maneiras especiais para tratar com o seu povo, não importa as circunstâncias; formas e lugar, quando nos distanciamos dele a sua primeira atitude é chamar a si. Adão quando pecou Deus o chamou, essa foi a primeira vez que ele chamou a atenção do homem para cobrar algo que estava ocorrendo fora da normalidade em sua vida (Gn 3.9,10), Adão temeu porque sabia que havia feito algo errado. Nos dias de Oséias, Israel havia se prostituído com deuses, a ponto de serem ingratos em relação ao que havia recebido do Senhor (Os 2.8). A justiça de Deus entra em ação quando deixamos de reconhecer aquilo que Ele tanto fez por nós. Oséias foi o instrumento de Deus para revelar a real situação do povo (Os 8.7,8,11). Essa infidelidade trouxe duras consequências sobre eles. Entretanto seria a forma usada por Deus para corrigi-los. Há três expressões usadas por Deus para resolver a situação do povo, atrair, levar e falar. Tomaremos como ponto de partida esses verbos, para mostrar a maneira como Deus trata com o seu povo.
Atrairei
Essa expressão atrair significa trazer de volta ou chamar a atenção, é uma forma de Deus nos aproximar dele (Os 5.14,15) às vezes somente na dor conseguiremos chegar perto de Deus, ou seja, situações extremas de fraqueza humana se convertem em oportunidade para Deus operar (Mc 9.17,18; Jo 6.9; At 27.20; 12.6; Mc 5.25,26; 6.48). O vale de Acor (ou vale da desgraça) era o local onde Acã havia pecado por ter guardado despojos proibidos da terra (Js 7.26). Deus usa até experiências negativas para criar oportunidades de nos fazer retornar a ele.
Levarei para o deserto
Esse termo levar significa conduzir ou encaminhar de um lugar para outro. Deus em muitas ocasiões interfere no trajeto das nossas vidas com a finalidade de exigir algo de nós.
As faces do deserto
Deserto, lugar ermo e solitário ou um mundo de dificuldade, lugar seco e devastado, onde falta água para beber e o alimento é escasso.  O deserto tem muitas faces, principalmente o angustiante da vida que muitas vezes atravessamos, nele pode chover dia e noite; as árvores podem florescer; muitas pessoas podem está ao nosso redor, entretanto o ermo continua. O isolamento e descontentamento fazem parte de quem está no deserto.
Às vezes somos levados aos desertos da vida, onde experimentamos muitos sofrimentos, tristezas e desprezo, entre outros, a solidão só nos falta consumir, e finalmente não queremos entender que estamos sendo moldado como vaso na mão do oleiro (Jr 18.1-6; Rm 9.21).
Falarei ao coração
No deserto temos a impressão que Deus nos abandonou, pois é nesse lugar, que Deus tem algo a nos falar (Os 2.14) com a sua voz mansa e suave ele diz o que necessitamos ouvir (I Rs 19.9-11a). No deserto estamos a sós com Deus, ele nos exortar, consola, protege, e nos transforma em um vaso novo (Jr 18.6).
A vontade de Deus
Nem sempre o Senhor opera em nós da forma que desejamos, também não podemos interferir na maneira dEle agir e muito menos contender (Rm 9.18-21). Deus opera como ele quer e ninguém deverá interpelar sobre o que ele faz. Somente ele sabe o que é melhor para nós, porque nem tudo o que é bom para nós é para Deus. Se você está sofrendo não se desespere, “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com os ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera” (Isa 64.4; I Co 2.9). Aceite a vontade de Deus, porque a dEle é a melhor.
Devemos estar dispostos a aceitar a vontade de Deus, independentemente do que venha acontecer, pois saiba que Ele se responsabilizará por nós, desde que estivermos no centro da sua vontade. “A providência de Deus sempre alcançará o justo em todas as circunstâncias”. Manual prático de teologia /Eduardo Joiner, 2004 p. 197
Pr. Elis Clementino - Paulista -PE

MENTIRA E VERDADE




ESBOÇO 509
TEMA: MENTIRA E VERDADE
“Porque nenhuma mentira vem da verdade” (I Jo 2.21)
            A mentira tem sido um artifício usado por muitas pessoas com a finalidade de fazer valer uma inverdade, também é usada para que o indivíduo se livre de uma situação que por ventura venha comprometer-lhe, e fazer com que outras pessoas percam as suas prerrogativas mediante uma incriminação mentirosa. A mentira é um vicio que muitas vezes é incontrolável. Infelizmente ela tem tido espaço na vida de muitos e até naqueles que se dizem cristãos. Essa é uma prática que não combina com aqueles que temem a Deus, deixar de mentir é um dos efeitos da conversão ao cristianismo (Ef 4.25), e um dos atributos de Deus é a verdade moral (Dt 32.4; Sl 31.5), mas existe também a verdade antológica, ela se origina no conceito de que o individuo inteiramente digno de confiança é verdadeiro, porque ele não vive uma ficção, e nem procura enganar o próximo. Quanto à verdade nada podemos contra ela, senão em favor dela (2 Co 13.8).
 O que é a mentira?
É uma manifestação que contrasta a verdade, cuja essência é o engano. A lei do Senhor proíbe a atitude de mentir “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Ex 20.16). “Mentir é fazer declarações propositalmente falsas, meias verdades que envolvem falsas impressões”. Há criatura que começa a mentir desde criança, e se não houver correção pode causar-lhe muitos males no futuro “Um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7a).
A Bíblia condena a prática da mentira, o engano e o falso juramento (Lv 19.11,12; Mt 5.33-37); Deus aborrece  a mentira (Pv 6.16-19; 12.22); ela corrompem o homem (Mt 15.18-20; Mc 7.21-23); A mentira tem relação filial entre o homem e Satanás (Jo 8.43-47); A mentira e o engano faz parte da degradação do homem (Rm 1.28-32; Sl 58.3; 62.4; Pv 26.24-28; Jr 9.3-6); Todos devem rejeitar qualquer tipo de mentiras (Ef 4.22-25; Cl 3.9; I Pe 2.1); O engano leva a infelicidade porque pesos e medidas falsas são abominação ao Senhor (Pv 20.10); Deus condena a hipocrisia (Mt 6.2, 16-18; 22.18; 23.27,28; Rm 12.9; I Tm 1.5,6; Tt 1.16; Tg 3.14; I Pe 1.22; 2.1,2); Não adianta a religiosidade “Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã” (Tg 1.26). “e não deis lugar ao diabo” (Ef 4.27); Os mentirosos são estrategistas, planeja primeiro para depois executar, é uma ação diabólica.
Pessoas que faltaram com a verdade
Abrão usou a meia verdade diante de abimeleque em dizer que Sara era sua irmã (Gn 20.2,12); Josué foi enganado pelos gibionitas (Js 9.4); Saul se disfarçou para consultar a feiticeira (I Sm 28.8); A mulher de Jeroboão se dissimulou diante do profeta Aias (I Rs 14.6); O espírito de mentira sobre os profetas de Acabe (I Rs 22,22; I Cr 18.21); Geasi recebeu prata de Naamã (2 Rs 5.22-27); Ananias e Safira mentiram contra Deus (At 5.3).
Frutos da mentira
A mentira tem pai, Jesus falou que o diabo é o pai da mentira (Jo 8.44; 2 Ts 2.11), seus filhos professam a mesma prática, ocasionado muitas desgraças no mundo, muitos pseudo-s cristãos seguem essa prática com a finalidade de tirar proveito pessoal, por isso eles infamam, caluniam, detratam e criam situações. O mentiroso tem um coração cheio de falsidade e não tem compaixão, pois a mentira está arraigada dentro de si, às vezes o individuo é devoto, mas se esconde por trás de um púlpito de uma igreja, travestido de uma espiritualidade falsa e mentem sem qualquer compromisso com a verdade.  Os mentirosos estão em todos os lugares, na missiva do Senhor a igreja de Filadélfia, o anjo mostrou que naquela congregação havia pessoas que fingiam e mentiam (Ap 3.9), os mentirosos são como teia de aranha, estão em todos os lugares, até nos palácios dos reis, eles  fazem vitimas e levam as pessoas a serem injustiçadas. Os indivíduos que usam o artifício de mentir sentem prazer, além disso, uma sensação de triunfo e glória quando causa dano a alguém, geralmente eles não sabem que com a medida com que medirem serão medidos (Mt 7.2; Mc 4.24; Lc 6.38) “pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisso não há acepção de pessoas”. (Mt 12.36,27; Cl 3.25), “é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz” (Tg 3.18).
O povo de Deus deve aborrecer toda mentira e falsidade, essa deve ser uma das características dos que guardam os mandamentos do Senhor. A verdade fica bem em todo lugar, ela é proveniente de Deus, e deve se destacar principalmente entre aqueles que amam os seus preceitos. Se dissermos que somos cristãos e não guardamos os seus ensinamentos somos mentirosos (I Jo 2.4). Existem pessoas que embora sofra em proferir a verdade, mas ela prevalecerá (2 Co 13.8), A recomendação Bíblica é deixar a mentira e falar a verdade cada um ao seu próximo (Zc 8.16; Ef 4.25). O fruto da luz consiste em justiça e verdade (Ef 5.9), Paulo enfatizou que os cristãos buscassem o que é verdadeiro (Fp 4.8), devemos seguir o exemplo de Cristo, nele não houve engano na sua boca (Is 53.9; I Pe 2.21,22), ele veio ao mundo para testemunhar da verdade (Jo 18.37), estamos nele (no verdadeiro) (I Jo 5.20), assim a nossa palavra deve ser sim, sim, e não, não (Mt 5.37), porquanto ficarão de fora do reino de Deus os que amam e pratica a mentira (Ap 21.27; 22.15).
Pr. Elis Clementino-Paulista/PE

MORDOMIA



ESBOÇO 511
TEMA: MORDOMIA
“Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e entregou-lhes os seus. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade. Então partiu” (Mt 25.14,15).
Deus criou o homem e lhe deu a capacidade para desenvolver suas potencialidades, tanto no cotidiano quanto na vida espiritual, segundo os dons dados por ele. Nesse episódio aprendemos sobre a diversidade dos dons, desenvolvimento, fidelidade e prestação de contas.
A diversidade dos dons
Cada indivíduo recebe dons diferentes, tanto os naturais quanto os espirituais e aquele que dá conhece a capacidade de cada um, certamente aquele senhor conhecia o potencial de cada um dos seus servos, por isso ele distribuiu a cada um conforme a sua habilidade, um recebeu cinco, a outro dois e a outro um talento (Mt 25.15).
Desenvolvimento
Desenvolver é imprescindível, Deus capacitou o homem para desenvolver as suas potencialidades, todos são capazes. Quanto o desenvolver dependia de cada um (Mt 25.16-18). Na lei da semeadura, quem semear mais, mais colherá; quem semear pouco, pouco ceifará (2 Co 9.6), o que recebeu cinco produziu outros cinco, o que recebeu dois granjeou mais dois e o que recebeu um, lamentavelmente enterrou (Mt 25.25).
Fidelidade requerida
Os senhores exigem dos seus despenseiros fidelidade, essa lealdade é a única coisa que o indivíduo não pode deixar de ser. Certo homem precisava viajar chamou seus servos e entregou-lhes seus bens, para que apenas administrassem. Esses servos deveriam administrar até que ele voltasse, eles não eram donos dos bens do seu senhor, pois o senhor daqueles homens prometeu voltar (Lc 19.13).
A prestação de contas
O senhor daqueles servos prometeu que voltaria para a prestação de contas (Mt 25.19; Lc 19.13). No sentido espiritual devemos desenvolver cada dom recebido pelo SENHOR com muito cuidado, pois ele requererá a nossa fidelidade perante ele “Ora, além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel(I Co 4.2).
            O senhor da parábola é o próprio Jesus Cristo, ele deseja encontrar seus servos desenvolvendo os dons, naturais e, sobretudo espirituais, ele virá inesperadamente (Mt 25.13), o que nos foi entregue por ele será requerido (Lc 12.48). De modo que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus(Rm 14.12).
Pr. Elis Clementino – Paulista-PE