ESBOÇO
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TEMA:
APRENDENDO A LIDAR COM SITUAÇÕES E A REALIDADE DA VIDA
Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em
toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como
a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Fp 4.12
Muitas vezes
temos que aprender a lidar com situações diversificadas, mas se forem bem
administradas temos a possibilidade de vencê-las e manter a fé e a confiança em
Deus. Ninguém passará por esse mundo sem experimentar as coisas boas e as ruins,
pois estas são as súcias deixadas pelo pecado, isso causa sofrimentos e dores.
Jesus em sua missiva disse aos discípulos que no mundo eles teriam aflições (Jo
16.33; I Pe 5.9), mas que eles tivessem ânimo.
As
dificuldades e a brevidade da vida
São inúmeros os problemas que
enfrentamos na vida, vivemos no mundo onde tudo tem, mas os homens continuam a
busca por algo mais para se tornarem completos, embora essas buscas lhes causem
muitos sofrimentos e angústias. “E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a
informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha
ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar. Atentei para
todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e
aflição de espírito. Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que
falta não se pode calcular” (Ec 1.13-15). Jacó disse a Faraó: Os dias dos anos
das minhas peregrinações são cento e trinta anos, poucos e maus foram os dias
dos anos da minha vida, e não chegaram aos dias dos anos da vida de meus pais
nos dias das suas peregrinações (Gn 47.9). Pois, quem sabe o que é bom nesta
vida para o homem, por todos os dias da sua vida de vaidade, os quais gastos
como sombra? Quem declarará ao homem o que será depois dele debaixo do sol? (Ec
6.12). Porventura não são poucos os meus dias? Cessa, pois, e deixa-me, para
que por um pouco eu tome alento. (Jó 10.20). O homem, nascido da mulher, é de
poucos dias e farto de inquietação (Jó 14.1).
As obras e a vaidade
Debaixo
do sol nos alegramos e nos ufanamos por tudo o que realizamos, mesmo com muitos
sofrimentos e dores. O homem prova da alegria e o prazer, mas deve lembrar que
debaixo do sol tudo é passageiro. Disse Salomão no seu coração: Ora vem, eu te provarei
com alegria; portanto goza o prazer; mas eis que também isso era vaidade. Ao
riso disse: Está doido; e da alegria: De que serve esta? Busquei no meu coração
como estimular com vinho a minha carne, e entregar-me à loucura, até ver o que
seria melhor que os filhos dos homens fizessem debaixo do céu durante o número
dos dias de vida. Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas;
plantei para mim vinhas. Fiz para mim hortas e jardins, e plantei neles árvores
de toda a espécie de fruto. Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles
o bosque em que reverdeciam as árvores. Adquiri servos e servas, e tive servos
nascidos em casa; também tive grandes possessões de gados e ovelhas, mais do
que todos que houve antes de mim em Jerusalém. Amontoei também para mim prata e
ouro, e tesouros dos reis e das províncias; provi-me de cantores e cantoras, e
das delícias dos filhos dos homens; e de instrumentos de música de toda a
espécie. E fui engrandecido, e aumentei mais do que todos os que houveram antes
de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. E tudo quanto
desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o meu coração de alegria
alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a
minha porção de todo o meu trabalho. E olhei eu para todas as obras que fizeram
as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e
eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia
debaixo do sol. Por isso odiei esta vida, porque a obra que se faz debaixo do
sol me era penosa; sim, tudo é vaidade e aflição de espírito. Isso acontece com
aqueles que confiam na sua fazenda, e se gloriam na multidão das suas riquezas
(Sl 49.6). Qual seria a sua glória? Mediante tudo que fez, tudo terminaria do
jeito que ele começou.
Nada o
homem levará e as preocupações dos bens que ficam
Todo
trabalho que foi realizado ficou para os outros depois dele. Também eu odiei
todo o meu trabalho, que realizei debaixo do sol, visto que eu havia deixá-lo
ao homem que viesse depois de mim. O meu trabalho cairá nas mãos de quem? E
quem sabe se será sábio ou tolo? Todavia, se assenhoreará de todo o meu
trabalho que realizei e em que me houve sabiamente debaixo do sol; também isto
é vaidade. Então eu me volvi e entreguei o meu coração ao desespero no tocante
ao trabalho, o qual realizei debaixo do sol. Porque ele vê que os sábios
morrem; perecem igualmente tanto o louco como o brutal, e deixam a outros os
seus bens (Sl 49.10). Porque, quando morrer, nada
levará ( Sl 49.17) consigo, nem a sua glória o acompanhará. Porque há homem
cujo trabalho é feito com sabedoria, conhecimento, e destreza; contudo deixará
o seu trabalho como porção de quem nele não trabalhou; (Ec 2.1-21).
Mesmo sabendo que realizamos obras com muito trabalho e sabendo que nada
levaremos para a sepultura devemos continuar fazendo até o último instante da
nossa vida aqui. Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de
ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço,
E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu (Ec
12.6,7). Aproveitemos até o último momento. Goza a vida com a mulher que amas,
todos os dias da tua vida vã, todos os dias da tua vaidade; e no teu trabalho,
que tu fizeste debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o
conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra
nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma. Aproveitemos as
oportunidades e realizar o nosso trabalho (Ec 9.9-11), mas tudo deve ser feito
com sabedoria e em cada etapa da vida devemos saber como proceder em cada
situação (Fp 4.12).
No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da
adversidade considera; porque também Deus fez a este em oposição àquele, para
que o homem nada descubra do que há de vir depois dele (Ec 7.14).
Pr. Elis
Clementino- Paulista - PE
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