ESBOÇO 518
TEMA: UMA ALEGRIA QUE FINDOU EM TRAGÉDIA.
"Após
ter matado Saul o amalequita saí alegremente conduzindo em sua mão a coroa e o
bracelete" 2 Rs 11.12
Nem tudo deve ser considerado um troféu, muitas vezes
parece com uma das maiores conquistas, pode-se ver nas escrituras o resultado
de uma alegria pela derrota de alguém, se o teu inimigo, não te alegres (Pv
24.17). Qualquer que se erguer orgulhosamente com a finalidade de tirar
proveito de uma situação não ficará sem as penalidades divinas.
Saul perde a batalha
Saul
estava perdendo a batalha para os filisteus, e seus filhos havia sido mortos,
ele ficou acurralado e sem saída, para que não morresse nas mãos dos filisteus,
que para ele seria a sua maior derrota pediu ao seu escudeiro que o matasse, e
imediatamente recusou matá-lo, certamente houve temor no seu coração recusando
fazer isso com o seu próprio rei. Algumas vezes o próprio Davi se recusou de
matar Saul, preferiu não tocar no ungido do Senhor, talvez Davi soubesse que
Saul já havia sido rejeitado pelo Senhor, mas até o último instante da sua vida
ele ainda era um rei e ungido do Senhor, portanto devia ser considerado pelos
israelitas. Para qualquer homem sensato saberia que não devia tocar naqueles
quem Deus havia constituído como rei e sacerdote.
Há
outros acontecimentos bíblicos que mostram a consideração que se deveria ter a
um ungido do Senhor, sob pena das consequências divinas, Elizeu foi zombado por
um grupo de rapazes e foram devorados pelos animais (2 Rs 2.23,24; I Rs 17.1);
Um homem de Deus e profeta foi ao rei Jeroboão profetizar sobre o seu altar,
mas quando o rei estendeu o braço para segurá-lo, o mesmo braço ficou enfermo
(I Rs 13.1-7). O amalequita não pensou no que estava fazendo imediatamente
atendeu ao pedido de Saul e o matou (2 Sm 1.9,10). Saul no começo do seu
reinado o Senhor ordenara a ele que destruísse todos os amalequitas, porém Saul
desobedeceu a ordem divina e terminou sendo morto por um filho de amalequita (I
Sm 15), grande foi a vingança dos filisteus cortaram-lhe a cabeça de Saul, de
forma cruel, o que Davi fizera com Golias.
A exibição de uma coroa
Após
ter matado Saul o amalequita saí alegremente conduzindo em sua mão a coroa e o
bracelete (2 Rs 11.12) essas insígnias eram usadas pelos reis, para apresentar a Davi, ele certamente seria como um troféu a ser
exibido diante do rei, pelo menos três coisas seja possível: (1) O amalequita queria
comprovar que havia assassinado o rei de Israel; (2) Queria obter algum favor
de Davi; (3) Em trazer os adornos de Saul para Davi fosse uma forma de
reconhecimento de Davi como rei de Israel. Atualmente há muito que esperam que um
guerreiro em batalha tombe para que ele possa tirar proveito.
Davi com o amalequita
O
desfecho desse encontro foi muito trágico para o amalequita, era o que ele
jamais esperava acontecer, a atitude dele em trazer a coroa de Saul em suas
mãos não agradou a Davi, mesmo sabendo que seria o próximo rei, e chegada à
hora de substituí-lo, mas isso não era motivo dele se gloriar, mesmo sabendo a
maneira brutal como fora morto Saul. Davi lamentou a morte de Saul e seus
filhos rasgando as suas vestes, um sinal de consternação com choro juntamente
com seus homens até ao pôr do sol (2 Sm 1.11). Davi perguntou ao amalequita:
“Como não temeste estender a mão para matar o ungido do Senhor?” (2 Sm 1.14),
para o amalequita matar Saul era o golpe da misericórdia, mas para Davi não era
justo matar o ungido do Senhor, portanto ele achou que aquele moço não deveria
mais viver. “o ungido do Senhor” ele agiu com um profundo sentimento religioso.
Davi chama um dos moços que estavam com ele e manda matar o amalequita, porque
a sua própria boca acabara de testificar contra ele próprio dizendo: “Eu matei
o ungido do Senhor” (2 Sm 1.15,16).
Algumas lições importantes devem
ser aprendidas nessa história (1) O escudeiro de Saul temeu matar o seu rei, o
escudeiro era o seu protetor e não o seu assassino, esse foi um belo exemplo (1
Sm 31.4); A atitude néscia do amalequita em matar Saul, para ele parecia grande
ser motivo de aplauso da parte de Davi (2 Sm 1.10); A lamentação de Davi e de
seus homens, para ele não seria momento de glória, mas de tristeza (2 Sm 1.11),
para ele o amalequita cometera um sacrilégio em matar o ungido do Senhor. O
assassino de Saul foi julgado e condenado pelas suas próprias palavras,
tenhamos cuidado, muitos estão por todos os lados se aproveitando para não matar
literalmente, mas com mentiras e difamações infundadas, a flecha da língua é
pior do que a espada do amalequita que matou Saul. O dia de amanhã não nos
pertence, você não sabe o que virá e a medida com que medirdes vos medirão
também. Mantenha sempre o autocontrole, sobretudo reconhecendo que Deus está no
controle de tudo.
Pr. Elis Clementino – Paulista -PE
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