ESBOÇO
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TEMA:
SENTIMENTO DE IGUALDADE MÓRBIDO
“E tu dizias no teu coração: Eu subirei
ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da
congregação me assentarei, da banda dos lados norte. Subirei acima das mais
altas nuvens, e serei semelhante ao altíssimo” (Is 14.13,14)
Cada pessoa é
chamada para desempenhar um propósito. Quem é soldado será honrado como
soldado, quem é rei será como rei, quem é sacerdote será reconhecido como
sacerdote. Porém, um soldado não poderá ser honrado como rei, e muito menos
como um sacerdote, cada um receberá a honra de sua posição. O ciúme e a inveja
e fazem com que esses valores não sejam reconhecidos por muitas pessoas. Assim
se constitui uma indisciplina. O desejo de igualdade foi a causa da queda de
Lúcifer. Esse anseio tem levado muitas pessoas à desventura. O indivíduo que
tem esse sentimento geralmente complica a própria vida e a dos outros. A pessoa
é capaz de fazer qualquer coisa para alcançar o mesmo sucesso que as demais.
Lúcifer
e o sentimento de igualdade
O sentimento de igualdade leva à
cupidez, ou seja, à ambição, à cobiça e aos questionamentos para ser igual à
àqueles que estão na liderança, esse tipo de gente nunca se satisfaz ou se
contenta com o que tem. Satanás era rodeado de privilégios, mas isso só não lhe
bastava, queria mais, “subirei acima das estrelas e serei semelhante ao
altíssimo” (Is 14.12-14). “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura,
corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor”. (Ez 28.17). O orgulho
leva o indivíduo a ter um sentimento de igualdade. Com esse sentimento Lúcifer
não somente agravou a si, mas a terça parte dos anjos e a humanidade inteira
(Ap 12.3-4)
O
sentimento de igualdade conduz ao desrespeito
Devemos levar em consideração que não
existe igualdade sem respeito, quando isso acontece é porque não reconhecemos
os nossos limites. Mirian e Arão queriam ter as mesmas primazias de Moisés (Nr
12.2-8); Os filhos de Coré se rebelaram contra Moisés e Arão; o sentimento de
Coré era ter a mesma liderança que tinham os dois irmãos (Nr 16.3-5); O rei
Saul teve esse sentimento de igualdade, quis ser sacerdote, por não esperar que
Samuel oferecesse o sacrifício (I Sm 13.8-10); Abisalão queria usurpar o trono
do próprio pai (2 Sm 15.1-11); O rei Uzias havendo-se já fortificado exaltou-se
o seu coração e quis ser sacerdote, entrou no santuário e quis oferecer incenso
(II Cr 26.16-20); Simão, “o mágico”, queria comprar o poder do Espírito Santo
que havia em Pedro (At 8.18-20); Os filhos de Ceva queriam ter a mesma
autoridade de Paulo para expulsar demônios (At 19.13-15). As pessoas que são
chamadas por Deus, para exercer uma função ministerial, não galgam essa posição
através de dinheiro, mas por misericórdia e soberana vontade de Deus (Rm 9.14-17)
da mesma maneira, os dons ministeriais (Ef 4.11).
O
sentimento de igualdade é um engano
O sentimento de igualdade mórbido é
perigoso porque leva o sujeito ao engano. Não me refiro aqui ao sentimento de igualdade
do que falam Pedro e Paulo sobre os membros da igreja de Cristo, o que estes
pregam é um sentimento de amor ao próximo, fraternidade e união (I Pe 3.8,9), e
não de interesses pessoais como aconteceu na igreja de Corinto, cada um puxava
a autoridade daqueles que eles queriam como seu líder (I Co 1.10-13). O
sentimento de igualdade leva o homem a ter uma autoridade artificial, por isso
Paulo disse: fui eu crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de
Paulo? (I Co 1.13).
As
consequências
Quando a pessoa entra pelo caminho do
sentimento de igualdade, ela acha que todos são iguais a si, ou seja, não
reconhecendo aqueles que estão em posição de autoridade sobre o outro;
entretanto, as consequências virão, como citamos anteriormente. Os filhos de
Coré tiveram as suas consequências (Nr 16.31-33); Mirian ficou leprosa (Nr
12.9-10); O rei Saul, perdeu o reinado (I Sm 13.13,14); Absalão recebeu a
recompensa pelo que fez com seu pai (2 Sm 18.9); O rei Uzias, morreu leproso (2
Cr 26.21); Os filhos de Ceva “os exorcistas” levaram uma surra (At 19.16); Simão
“o mágico” custou-lhe uma repreensão de Pedro (At 8.20-22)
Pessoas
que não tiveram sentimento de igualdade
Existem algumas personagens nas Escrituras
que não foram levados por esse sentimento, mas reconhecem as suas funções.
Moisés não teve sentimento de igualdade quando informaram a ele que Eldade e
Medade profetizam no arraial (Nr 11.25-29); Davi, sabendo que fora escolhido
para ser rei, esperou o seu tempo reconhecendo a autoridade de Saul que
reinava. Deus tinha dado duas vezes a vida de Saul nas mãos de Davi, mas ele se
achou indigno de matar Saul, seu rei, ainda chamando-o de senhor (I Sm 24.4-6;
26.8-11); Jesus não teve o sentimento de ser igual a Deus, embora sendo Deus, mas
tomando forma de servo se humilhou (Fp 2.5-8).
O
sentimento de igualdade mórbido “doentio” é desaprovado por Deus, porque
desrespeita as autoridades e leva o indivíduo a criar caminhos e gerar consequências
para si próprio. O exemplo de Lúcifer deixa claro isso: “Deus resiste aos
soberbos, mas dá graça aos humildes” (I Pe 5.5b). Devemos entender e respeitar a
posição e a autoridade daqueles que são constituídos por Deus, mas tomar como
exemplo aquelas pessoas que não tiveram sentimento de igualdade doentio.
Reconhecer que o soldado é honrado como soldado, um rei será honrado como rei,
um sacerdote terá a honra de um sacerdote, mas cada um fique na vocação em que
foi chamado.
Pr. Elis
Clementino - Itapissuma-PE
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