ESBOÇO 513
TEMA: CRISTO DO LADO DE FORA
“Estou à porta e bato; se
alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele
e ele comigo” Ap 3.20
A sétima carta endereçada ao anjo da igreja de
Laodicéia, localizada na Frígia e perto da cidade de Colossos, na carta Jesus
se apresenta como testemunha fiel e verdadeira, e o principio da criação (Jo
1.3; Ef 3,9; Cl 1.15-18), nela ele declara conhecer tudo quanto se passava com
aquela igreja (Ap 3.14,15), na mensagem ao anjo declarava o estado espiritual
de Laudicéia, apesar de não ser bom, o Senhor estava dizendo que queria entrar
e se ele tivesse essa oportunidade ela experimentaria a presença de Jesus, mas
para isso ele deveria dar lugar, ou seja, mudar a sua maneira de viver e abrir
a porta para que Jesus pudesse entrar. Essa maneira dele se expressar indica
que Jesus estava fora batendo na porta, mas, algumas verdades aquele anjo
precisava ouvir. No conteúdo da carta mencionava quatro coisas que estava
ocorrendo com aquela igreja (Ap 3.15).
Eu
sei as tuas obras; (1) Não és frio e nem quente, na igreja de Cristo não há
lugar para essa classe de pessoas, morno, nem é quente e nem frio. Esse estado
espiritual tem levado muitas igrejas ao fracasso, notamos ultimamente que o
fervor espiritual aos poucos está desaparecendo em muitas igrejas pentecostais,
esse sentido figurado foi usando porque era a linguagem conhecida naqueles
dias, a água morna provoca vômitos; (2) Soberbo e se satisfazendo em si
próprio; (3) Uma igreja que desconhecia o seu próprio estado. (4) Laodicéia era
indiferente, negligente e sem definição do que era, por
isso a mensagem trazia a sua sentença, a palavra no Gr. emeo significa vomitar
(Ap 3.15-16), para Deus não é importante o meio termo, há muitos cristãos
vivendo esse meio termo, isso é perigoso, pois o Senhor é o mesmo e todas as
nossas obras estão sendo pesadas na balança divina (Pv 16.11).
Encontramos
também que nessa carta uma avaliação pessoal que dizia: (1) Sou rico; (2) Estou
enriquecido (3) De nada tenho falta, não se dava conta que era pobre, cego e nu
(Ap 3.17b). A altivez de espírito leva o individuo a se considerar satisfeito e
completo, mas o Senhor dar-lhe cinco conselhos para que o quadro pudesse ser
revertido; (1) Comprar ouro puro e provado no fogo; (2) Comprar roupas brancas;
(3) Ungir os olhos com colírio para ver, nada pior do que a cegueira
espiritual, ele não via a sua pobreza, cegueira e nudez espiritual; (4) Ser
zelosa pela sua própria alma; (5) Arrepender-se (Ap 3.17,18,19; 2.5,16; 3.3);
(6) e abrir a porta para que o Senhor pudesse entrar, esse era e é o desejo do
Senhor, mas para isso foi imposta três condições: (1) Se alguém ouvir; (2) Se
alguém abrir a porta; (3) farei um banquete, cearei com ele e ele comigo. O
verbo entrar na terceira pessoa do singular indica de maneira clara que existia
alguém que queria entrar, batia na porta, mas estava sendo impedido, por
motivos já revelados anteriormente. Muitas vezes Deus quer algo mais de nós e não
damos importância ao que ele nos pede.
A
igreja de Laodicéia estava recebendo uma mensagem em uma linguagem clara e
compreensível, Jesus usa uma linguagem humana, conhecidas por ela para
mostrar-lhes as suas necessidades espirituais. A repreensão do Senhor é uma
prova do seu amor “Eu repreendo e castigo a todos quanto amo; sê, pois, zeloso
e arrepende-te”. (Ap 3.20). Bemaventurado o que recebe a correção do Senhor (Jó
5.17; Hb 12.6).
Arrepender-se
seria a porta para que o Senhor viesse conviver com a igreja “entrarei em sua
casa e com ele cearei, e ele comigo” (Ap 3.20) daí em diante seria participante
das bênçãos divinas e honras eternas reservadas pára aqueles que fazem a
vontade de Deus “Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu
trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono” (Ap 3.21)
Amados a igreja de
Laodicéia precisa entender de uma forma transparente sua frieza espiritual,
Jesus por intermédio de João mostra ao anjo daquela igreja que todas as suas
práticas incoerentes com os mandamentos do Senhor estavam sendo reprovadas, e
que precisavam urgentemente mudar para que pudesse desfrutar das bênçãos
divinas, não importava as suas riquezas. Ela estava se gloriando das suas
riquezas da sua lã, púrpuras e as suas comercializações com outros países. Ela
tinha um centro bancário trocava de moedas, e tinha construído um posto de
colírios para combater doenças nos olhos. Esta cidade era tão rica que ocorreu
um grande terremoto destruindo muitas cidades da Ásia todas elas pediram ajuda
de Roma menos Laodiceia, no entanto ela era considerada POBRE, CEGO E NU (Ap
3.17,18). Deus não é engodado por riqueza e gloria humana, tudo aquilo não
passava de obstáculos no seu caminho espiritual e precisavam ser removidos.
Devemos reconhecer o nosso estado espiritual diante de Deus, pôs a tempo ainda
de restaurar, além de estarmos atentos aos conselhos divinos “aconselho-te que
de mim compre ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas,
para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos
com colírio, para que vejas”. (Ap 3.18). Essa carta é concluída com uma grande
advertência “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”. (Ap 3.22).
Pr.
Elis Clementino – Paulista – PE
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