OS DONS ESPIRITUAIS
ESBOÇO 505
TEMA:
OS DONS ESPIRITUAIS
“Porque a um é dada, pelo Espírito, a
palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de
conhecimento...” (I Co 12. 8-11).
É fundamental
que os cristãos pentecostais conheçam a doutrina dos dons; a falta desse
conhecimento pode trazer problemas à igreja local. Por isso o Apóstolo Paulo
escreveu à igreja de Corinto para mostrar-lhe as verdades sobre e como são
distribuídos os dons do Espírito Santo na igreja (I Co 12.12).
I. Paulo lembra aos crentes de Corinto a
sua situação espiritual, antes e depois que se converteram a Cristo; eram
pagãos desviados da verdade servindo aos ídolos, mas agora depois de terem
feito uma confissão básica “Jesus é Senhor”, precisavam compreender melhor essa
realidade sobre o imaterial. Paulo deixou bem claro que ninguém pode dizer que
Cristo é maldito se estiver falando pelo Espírito de Deus, e que ninguém pode
dizer que Jesus é Senhor que não seja pelo Espírito Santo (I Co 12.1-3).
II. Paulo fez uma exposição clara sobre
os vários tipos de dons, afirmando que eles emanavam de uma mesma fonte, “o
Espírito Santo”. Ele é quem distribui esses dons como quer, entretanto, os
coríntios deveriam conhecer também que existem maneiras diferentes de servir,
mas que o Senhor é o mesmo, ou seja, que vêm da mesma fonte (I Co 12.4,5). Ele
também falou sobre a existência de habilidades diferentes em relação ao
trabalho, mas que o Deus era o mesmo e que dava a cada um a habilidade para
realizá-lo (I Co 12.6).
III. Para quê e como são distribuídos os
dons espirituais? Os dons espirituais são um ornamento para a Igreja, o corpo
de Cristo, com a finalidade de dar prova da presença do Espírito Santo nela, esses
dons são distribuídos entre os crentes em Cristo, de forma diferente (I Co
12.7).
(1) A uns o Espírito Santo dá a mensagem
da sabedoria; (2) A outros, o mesmo Espírito dá a mensagem do conhecimento; (3)
Outros recebem, pelo mesmo, Espírito o dom da fé; (4) A outro, o poder de curar;
(5) Outro recebe o dom de operar milagres; (6) Outro recebe o dom de anunciar
a mensagem de Deus; (7) Outro recebe o dom de discernir os espíritos, ou seja,
se eles são de Deus ou não; (8) Para outro é dado o dom de línguas estranhas; (9)
A outro, a interpretação dessas línguas (I Co12.8-10). Mas, esses dons vêm de
um só Espírito e são distribuídos conforme a sua vontade, eles não são motivos
de exibição pessoal ou promoção espiritual, mas são para edificação da igreja. Há
dois tipos de dons que são mais conhecidos e mais usados na igreja, são eles:
Os dons de línguas estranhas e o de profecias, embora muitos cristãos não
saibam usá-los, além de ignorar os de sabedoria e de conhecimento quando são
manifestos na igreja através daquele que está ministrando a palavra. Observem
que eles focam mais os dons de línguas e o de profecias (I Co 14.18,19).
Qual a função de falar em línguas
estranhas, segundo as escrituras? Mostrar que o crente é portador da promessa
(Is 44.3; Jl 2.28,29; Mc 16.17; Lc 24.49; Mc 16.17; At 1.5-8); que é um sinal
do revestimento de poder (At 2.3,4); que o falar em línguas serve para orar,
falar com Deus e não com os homens (I Co 14,15; Rm 8.26; Ef 6.18; Jd 20) e para
edificação própria.
O Apóstolo Paulo apresenta a maneira correta
e como os cristãos deveriam fazer uso desses dons, pois a igreja de Corinto
necessitava de um esclarecimento a respeito. Para Paulo todos os dons eram
importantes, mas os de línguas estranhas e o de profecia ele os destacou (I Co
14.4,5), e disse que eles deveriam usar com muita cautela, porque o dom de
línguas edifica o próprio crente e o de profecias edifica a Igreja (I Co 14.5,12).
A igreja de Corinto estava abusando desse dom, Paulo estabeleceu sérias
restrições para o seu uso (I Co 14.26-28).
O falar em línguas estranhas não é o
modo de indicar santidade ou que tenha intimidade com Deus, mas mostrar que
Deus é fiel para cumprir suas promessas ao seu povo; esse Dom não é dado como
garantia da salvação (Mt 7.21-23). Existem três categorias de dons na vida do
cristão: (1) habilidades naturais são aquelas que mostram a formação do seu QI:
facilidade de falar (Ex 4.10-14; At 18.24,25); (2) habilidades adquiridas como
aprender uma profissão, um idioma etc. (3) Dons espirituais, esses não se
adquirem e não se aprendem (At 2.4; I Co 12.11). Nenhum cristão pode afirmar
que não possui pelo menos um dom espiritual, Pedro afirma que todos têm pelo
menos um dom (I Pe 4.10), isto mostra que para o corpo ser perfeito precisa de
todos seus membros, como a igreja para ser edificada precisa de todos os dons,
todavia, forma uma unidade. O dom que eu
não tenho, dele eu preciso através do
meu irmão que o possui, por exemplo: A mão não pode dizer que não depende do pé... (I Co 12.15-18). Com ele mostra que há
unidade entre os dons.
Devemos
levar em consideração os dons espirituais, bem como o seu valor, e procurar
usá-lo com entendimento. Os demais dons são importantes e devem ser desejados,
buscados e usados cuidadosamente, tendo sempre em mente que eles não são propriedades
de ninguém para que o homem não se ufane, mas da igreja de Cristo. “Procurai
com zelo os melhores dons, e eu vos ensinarei um caminho mais excelente (I Co
12.31).
Pr. Elis Clementino – Itapissuma - PE
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