sábado, 1 de outubro de 2016

FOGO ESTRANHO NO ALTAR


ESBOÇO 503
TEMA: FOGO ESTRANHO NO ALTAR
“Ora, Nadabe, e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário e, pondo neles fogo e sobre ele deitando incenso, ofereceram fogo estranho perante o Senhor, o que ele não lhes ordenara. Então saiu fogo de diante do Senhor, e os devorou; e morreram perante o Senhor.” Lv 10.1,2
            Desde a antiguidade as pessoas tentaram mudar princípios estabelecidos pelo Senhor, um deles, era que nenhum sacerdote deveria oferecer sacrifícios e queimar incenso fora dos padrões instituídos na lei do holocausto. Os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, foram mortos porque trouxeram fogo estranho perante o Senhor. Veremos nesse delineamento sobre algumas maneiras de se oferecer o que não é verdadeiro ao Senhor.
O sacerdócio no tabernáculo
Deus escolheu sacerdotes e dando sequência pessoas da família (pais e filhos) para exercerem o sacerdócio, e ao mesmo tempo foram determinadas quais as tarefas, normas e como deveriam exercer. Entretanto, os filhos de Arão resolveram fazer algo que estava fora da determinação do Senhor “Nenhuma coisa em que haja defeito oferecereis, porque não seria aceita a vosso favor. O cego, ou quebrado, ou aleijado, ou verrugoso, ou sarnoso, ou cheiro de impigens, este não oferecereis ao Senhor e deles não poreis oferta queimada ao Senhor sobre o altar”. (Lv 22. 20,22). Ora! Tudo aquilo que está fora dos padrões determinados por Deus ferem o mandamento sagrado, e consequentemente tem um preço, podemos destacar a morte dos filhos de Arão (Lv 10.2b). O incensário era um recipiente onde se punha a essência aromática e fogo sobre eles para que a fumaça e o perfume daquela essência se espalhe em todo lugar do santuário. Mas, que fogo estranho era esse? “fogo estranho” no original significa “brasas vivas estranhas”, não se sabe ao certo o que era esse fogo adventício, entretanto todos os sacerdotes tinham o conhecimento do ritual estabelecido por Deus, porém a quebra de um dos rituais se constituía uma grande falta de obediência, como acontecera com algumas autoridades das escrituras; Moisés perdeu a oportunidade de entrar na terra prometida (Dt 34.1-8); Sansão pela quebra da lei do narizeado (Jz 16.17-19); Hofni e Finéias profanaram o sagrado (I Sm 3.11-14); Saul por oferecer sacrifício o que não era para ser feito por ele (I Sm 13.8-14); Uzias chegou ao ponto de se sentir superior aos sacerdotes entrou no templo para queimar incenso (2 Cr 26.18,19), entre outros. Tudo isso significava para Deus fogo estranho a quebra de princípios, sendo assim, cabe ressaltar que a alta posição desses homens não os tornara imunes ao castigo divino, a santidade deveria ser preservada, essa era a lei imposta aos sacerdotes.
Contemporaneidade
Devemos levar em consideração que Deus não mudou, podemos também aplicar essa lição nos dias no exercício do sacerdócio. Quantas vezes fazemos algo que não é agradável a Deus e depois subimos aos púlpitos para ministrar, desse momento em diante estamos oferecendo fogo estranho no altar, do qual Deus não se agrada, ou seja, não estamos sendo coerente com os princípios divino, além de não vivermos uma vida de santidade, isso é fogo estranho, hoje no tempo da graça Deus age com misericórdia nos concedendo oportunidade para nos arrepender e chegar ao conhecimento da verdade, se assim não fosse poderíamos morrer como aqueles dois moços por se aproximarem do altar de modo impróprio desobedecendo ao mandado divino.
Devemos nos chegar ao altar do Senhor conforme ele estabeleceu, não é de nossa competência estabelecer regras, principalmente àquelas que de alguma maneira venham nos favorecer, ele é quem determina, tenhamos cuidado com o fogo estranho no nosso meio, é muito comum vermos em algumas igrejas coisas absurdas e estranhas para nós, e muito mais para Deus. Existem duas coisas estranhas; incenso comum e fogo que não procedem do altar. O incenso comum fala da adoração formal e o fogo estranho que não é do altar corresponde àquelas animações por meio da agitação manuseada, é a substituição da verdadeira devoção por qualquer coisa. A Igreja de Coríntios estava nessa situação (I Co 1.11-13; Cl 2.8, 16-19). Os ditames mundanos estão entrando nas igrejas e muitos líderes aceitando para terem seus templos cheios, ostentar o seu poder e ofertas volumosas. Deus não tem aceitado todo tipo de oferendas nos sacrifícios, não nos conformemos com as práticas mundanas (Rm 12.2), no entanto devemos viver como filhos obedientes não nos conformando com as concupiscências que havia antes pela nossa ignorância (I Pe 1.13-16). Eis ai um único sacrifício recebido por Deus exposto “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás (Sl 51.17).
Pr. Elis Clementino – Itapissuma – PE

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