ESBOÇO 503
TEMA: FOGO ESTRANHO NO ALTAR
“Ora, Nadabe, e Abiú,
filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário e, pondo neles fogo e sobre
ele deitando incenso, ofereceram fogo estranho perante o Senhor, o que ele não
lhes ordenara. Então saiu fogo de diante do Senhor, e os devorou; e morreram
perante o Senhor.” Lv
10.1,2
Desde a
antiguidade as pessoas tentaram mudar princípios estabelecidos pelo Senhor, um
deles, era que nenhum sacerdote deveria oferecer sacrifícios e queimar incenso
fora dos padrões instituídos na lei do holocausto. Os filhos de Arão, Nadabe e
Abiú, foram mortos porque trouxeram fogo estranho perante o
Senhor. Veremos nesse delineamento sobre algumas maneiras de se oferecer o que
não é verdadeiro ao Senhor.
O sacerdócio no tabernáculo
Deus escolheu sacerdotes e dando
sequência pessoas da família (pais e filhos) para exercerem o sacerdócio, e ao
mesmo tempo foram determinadas quais as tarefas, normas e como deveriam exercer.
Entretanto, os filhos de Arão resolveram fazer algo que estava fora da
determinação do Senhor “Nenhuma coisa em que haja defeito
oferecereis, porque não seria aceita a vosso favor. O cego, ou quebrado, ou
aleijado, ou verrugoso, ou sarnoso, ou cheiro de impigens, este não oferecereis
ao Senhor e deles não poreis oferta queimada ao Senhor sobre o altar”. (Lv 22. 20,22). Ora! Tudo aquilo que está fora dos
padrões determinados por Deus ferem o mandamento sagrado, e consequentemente tem
um preço, podemos destacar a morte dos filhos de Arão (Lv 10.2b). O incensário
era um recipiente onde se punha a essência aromática e fogo sobre eles para que
a fumaça e o perfume daquela essência se espalhe em todo lugar do santuário. Mas,
que fogo estranho era esse? “fogo estranho” no original significa “brasas vivas
estranhas”, não se sabe ao certo o que era esse fogo adventício, entretanto todos
os sacerdotes tinham o conhecimento do ritual estabelecido por Deus, porém a
quebra de um dos rituais se constituía uma grande falta de obediência, como
acontecera com algumas autoridades das escrituras; Moisés perdeu a oportunidade
de entrar na terra prometida (Dt 34.1-8); Sansão pela quebra da lei do narizeado
(Jz 16.17-19); Hofni e Finéias profanaram o sagrado (I Sm 3.11-14); Saul por oferecer
sacrifício o que não era para ser feito por ele (I Sm 13.8-14); Uzias chegou ao
ponto de se sentir superior aos sacerdotes entrou no templo para queimar incenso
(2 Cr 26.18,19), entre outros. Tudo isso significava para Deus fogo estranho
a quebra de princípios, sendo assim, cabe ressaltar que a alta posição desses
homens não os tornara imunes ao castigo divino, a santidade deveria ser
preservada, essa era a lei imposta aos sacerdotes.
Contemporaneidade
Devemos levar em consideração que Deus
não mudou, podemos também aplicar essa lição nos dias no exercício do sacerdócio.
Quantas vezes fazemos algo que não é agradável a Deus e depois subimos aos
púlpitos para ministrar, desse momento em diante estamos oferecendo fogo
estranho no altar, do qual Deus não se agrada, ou seja, não estamos sendo
coerente com os princípios divino, além de não vivermos uma vida de santidade,
isso é fogo estranho, hoje no tempo da graça Deus age com misericórdia nos
concedendo oportunidade para nos arrepender e chegar ao conhecimento da
verdade, se assim não fosse poderíamos morrer como aqueles dois moços por se
aproximarem do altar de modo impróprio desobedecendo ao mandado divino.
Devemos nos
chegar ao altar do Senhor conforme ele estabeleceu, não é de nossa competência
estabelecer regras, principalmente àquelas que de alguma maneira venham nos
favorecer, ele é quem determina, tenhamos cuidado com o fogo estranho no nosso
meio, é muito comum vermos em algumas igrejas coisas absurdas e estranhas para
nós, e muito mais para Deus. Existem duas coisas estranhas; incenso comum
e fogo que não procedem do altar. O incenso comum fala da adoração
formal e o fogo estranho que não é do altar corresponde àquelas animações por
meio da agitação manuseada, é a substituição da verdadeira devoção por qualquer
coisa. A Igreja de Coríntios estava nessa situação (I Co 1.11-13; Cl 2.8,
16-19). Os ditames mundanos estão entrando nas igrejas e muitos líderes
aceitando para terem seus templos cheios, ostentar o seu poder e ofertas
volumosas. Deus não tem aceitado todo tipo de oferendas nos sacrifícios, não
nos conformemos com as práticas mundanas (Rm 12.2), no entanto devemos viver
como filhos obedientes não nos conformando com as concupiscências que havia
antes pela nossa ignorância (I Pe 1.13-16). Eis ai um único sacrifício recebido
por Deus exposto “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito
quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás (Sl
51.17).
Pr. Elis Clementino –
Itapissuma – PE
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