ESBOÇO 550
TEMA: A INTOLERÂNCIA
TEXTOS:
NR 11:28; Jz 12:6; Mc 9:38-41
A intransigência tem sido um dos grandes
problemas na sociedade atual, é um mal que vem dos tempos remotos, mas a
tendência é sempre aumentar. Essa inflexibilidade tem alcançado todas as camadas
da sociedade, e isso se constitui um grande perigo, principalmente quando foge
do controle do Estado, e o que é mais perigoso por conta do segregacionismo, o preconceito
(racial, social e religioso. As pessoas que são exclusivistas são intolerantes
ao extremo. Falaremos e focaremos de maneira sucinta sobre a intolerância
social e religiosa.
Preconceito
(prefixo pré- e conceito) é um "juízo" preconcebido,
manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória"
perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou
"estranhos". Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Intolerância é uma atitude
mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em
reconhecer e respeitar diferenças em crenças e opiniões. Origem: Wikipédia, a enciclopédia
livre. Se tivermos uma visão política e social, entendemos que a intolerância é
a falta de disposição para aceitar as pessoas com idéia diferentes. Essa
intolerância vem sendo praticada de forma crescente até chegar ao ponto que
chegou a nossa sociedade, a falta de respeito às diferenças.
A intransigência na
sociedade
A
intolerância na sociedade chegou ao extremo, a violência motivada pelo
extremismo tem sido motivo de debates entre as autoridades do mundo inteiro. A
violência mata mais de 1.6 milhões de pessoas por ano, sendo a principal causa
da morte de pessoas entre 15 a 44 anos de idade, mesmo com toda tecnologia esse
número não para de crescer a cada ano, e muitos dos casos de violência são por
coisas fúteis, isso envolve drogas, armas, bebidas, transito, discriminação de
cor, religião e etc.
A Intolerância
religiosa
É
a falta de habilidade e vontade de reconhecer e respeitar as diferenças
religiosas das outras pessoas, fato que conhecemos através da história da
humanidade. Nas escrituras existem muitos exemplos sobre essa inflexibilidade,
ela conduz o individuo ao ciúme, exclusivismo e ao preconceito.
(1)
Ciúmes, as pessoas ciumentas não aceitam que outras pessoas façam as mesmas
coisas que elas. Nos dia de Moises, o servo Josué foi intolerante e ciumento
para com Eldade e Medade porque profetizavam no arraial (Nr 11.28,29); Disseram
a João: O homem que estava contigo além do Jordão do qual desse testemunho dele
“Jesus” está batizando e o povo o segue (Jo 3.26,27); João disse: Mestre, vimos
um homem que expulsa demônios pelo poder do nome do Senhor, mas nós o
proibimos de fazer isso porque ele não é do nosso grupo. Jesus respondeu:
Não o proíbam, pois não há ninguém que faça milagres pelo poder do meu nome e
logo depois seja capaz de falar mal de mim. Porque quem não é contra nós é por
nós. (Mc 9:38-41);
(2)
Exclusivismo, os intransigentes se sentem superiores e procuram excluir as
pessoas quando pensam que elas estão tomando seus espaços, isso se torna mais
agravante quando envolve a religião (Gn 43:32; Jo 4:9; At 10:28). Atualmente há
querelas entre denominações para ver quem se destaca mais e melhor no cenário
religioso, com isso elas deixam de lado a visão de ganhar almas, para se
destacarem com seus emblemas e alcançarem a posição de status, de maneira que
quem mais se destaca não é a igreja, e sim seus líderes. Atualmente há uma
facilidade muito grande das pessoas se promoverem, se for pregador parece que
só terá valor se ele tiver o título de pregador internacional, se for pastor
líder presidente de igrejas ele tem que ser destacar na mídia universal e tem
que expor as suas riquezas, anéis e etc, nessa altura não sobram tempo para ouvir
e nem conhecer o estado das suas ovelhas (Pv 27:23; At 20:28; I Pe 5.2), elas acabam
se alimentando pelas mãos dos outros, porque as agendas cheias, e por essa
razão muitas ovelhas fogem do seu aprisco para buscar alimento no pasto dos
outros (Lc 9:13).
(3)
Preconceitos, ele tem causado muitos males no mundo inteiro, ela se apresenta
com atitudes discriminatórias em relação a pessoas, lugares e tradições que são
consideradas diferentes. Os preconceituosos são incapazes de conviver com as
diferenças. Jesus Cristo foi vítima do preconceito (Mc 6:3; Lc 4:24; Jo 1:46;
Jo 7:52). Atualmente no primeiro contato entre cristãos, a pergunta é: De qual
denominação você é? A segunda, quem é seu pastor? E forem amigos está em casa,
ou seja, tudo bem, se não, assunto encerrado, e se continuar não vai dá nada
certo. Isso porque não aprenderam de Jesus. João
disse: Mestre,vimos um homem que expulsa demônios pelo poder do nome do Senhor,
mas nós o proibimos de fazer isso porque ele não é do nosso grupo. Jesus
respondeu: Não o proíbam, pois não há ninguém que faça milagres pelo poder do
meu nome e logo depois seja capaz de falar mal de mim. Porque quem não é contra
nós é por nós. (Mc 9:38-41). Não há coisas tão danosas ao ser humano do que
os sentimentos de intolerância e de perseguição, por quaisquer que sejam os
motivos, principalmente religiosos. Jesus não aprova essa prática, e quem
aprende dele também não.
Discriminando pessoas
enfermas
Pessoas
eram e ainda são discriminadas por motivos de enfermidades, cria-se que as doenças
eram resultado do pecado contra Deus e conseguentemente se tornaram hereditária,
por isso perguntaram a Jesus sobre o cego de nascença; quem pecou, ele ou seus
pais para que nascesse sego? Jesus respondeu: nem ele e nem seus pais (Jo
9:1-3); A mulher do fluxo de sangue, ela era considerada impura (Mt 9:20). Jó
relatou que até o seu hálito era intolerável a sua própria mulher e seus
próprios irmãos o repugnavam (Jó 19:17). Há pessoas pregando imprecações
hereditárias, uma espécie de condenação divina, antecipada e definitiva a
alguns grupos de famílias considerando que seus ancestrais cometeram algum
delito perante Deus. As circunstancias do cotidiano em uma família não deve ser
considerada como opróbrio hereditário, embora se saiba que universalmente o
homem tenha herdado o pecado de Adão, chamado comumente de o pecado original.
Este passou a todos os homens independentemente de classe social, cor, religião,
entre outros (Rm 5:12, 15-18), nesse sentido todo homem se queixe dos seus próprios
erros (Lm 3:39).
Na graça divina não
há preconceito
A
intolerância exclui as pessoas como se elas fossem irrecuperáveis, Raabe era
uma prostituta descriminada pela sociedade, residia sobre o muro da cidade de
Jericó, mas está teve uma louvável atitude, escondendo os espias de Josué em
sua casa (Js 6:7), pelo seu ato heroico ela foi justificada pela sua atitude e fé (Hb
11:31; Tg 2:25), e assim ela foi agraciada por Deus, ela também aparece na
árvore genealógica de Jesus Cristo (Mt 1:5). Devemos entender que mesmo as
pessoas estando às margens da sociedade, sejam por quaisquer motivos elas podem
ser recuperadas. Temos episódios importantes nos dias de Jesus Cristo. Jesus
considera a mulher samaritana que tirava água no poço de Jacó (Jo 4.1-29); A
mulher apanhada em ato de adultério e condenada a morte por apedrejamento pela
lei de Moises (Lv 20:10; Dt 13:9), mas Jesus a acolhe perdoa e lhe salva vida
(Jo 8:4-7), em seguida ele lhe faz uma indagação: Onde estão os teus
acusadores, ninguém te condenou? Nem eu te condeno, vá em paz e não peques mais
(Jo 8:11). Quando o homem se arrepende dos seus pecados ele receberá o perdão
divino, e não será levado em conta o tempo da ignorância (At 17:30).
A intransigência social, política e
religiosa tem causado muitos males no mundo inteiro em todas as camadas da
sociedade, mas como cristãos devemos amenizar as dores e os sofrimentos
daqueles que são vítimas da intolerância e da discriminação, rejeitando
qualquer tipo de intolerância seja ela ideológica, social, etnia, social,
política, cultural e religiosa. Jesus deixou o seu maior exemplo para todas as
gerações, devemos por em prática o que aprendemos dele. Ele recuperou vidas que
estavam à beira da morte, vítimas do preconceito religioso, curou leprosos,
cegos e aleijados. Tiremos dos nossos corações todo orgulho, ira, intolerância
e preconceito, e pedir sabedoria a Deus para saber conviver com as diferenças,
isso não significa de devemos compartilharmos das mesmas atitudes e das
práticas desagradáveis a nós. Cada pessoa tem o seu ponto de vista deferente em
relação a comportamento, mas dizer que não gosta ou o que gosta é normal, cada
um tem livre arbítrio para se expressar. (Se não aprendermos a conviver com as
diferenças jamais nos relacionaremos bem.)
Pr. Elis Clementino
– Paulista -PE
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