ESBOÇO 545
TEMA: RELACIONAMENTO
“Um
ao outro ajudou e ao seu companheiro diz: esforça-te...” Is 41.6,7
Relacionamento é algo
imprescindível para o ser humano, essa necessidade é vista pelo Senhor desde formação
do homem no Edem “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18), embora não haja nada
tão nocivo ao homem do que à solidão. Ninguém quer estar só, nem os seres
irracionais, mas há uma amizade e relacionamento muito mais especial, essa é a
primeira a ser estabelecida entre o homem e o seu criador, por conseguinte ter
com seus semelhantes. Ao separar-se de Deus Adão foi o primeiro a experimentar
a solidão, pois ela é resultante dessa separação. O que separou o homem de Deus
a desobediência, mas se o homem buscar e mantiver um estreito relacionamento
com ele, certamente não estará só (Hb 13:5b). O relacionamento e a interação com
as pessoas são indispensáveis, mas, necessariamente merece atenção e muito
cuidado. Aquele que anda com os sábios
será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal Pv 13.20.
O que é a solidão?
(1)
É um sentimento de isolamento de estar afastado dos outros; (2) É um sentimento
de vazio e de perda; (3) É um desejo intenso de intimidade e afeto das outras
pessoas. (4) É um sofrimento físico ou emocional muito intenso que a vida para
essa pessoa pesada e um angustiante fardo para carregar, de maneira que mesmo
que o indivíduo tente explicar ninguém o compreenderá, para estes a vida perde
o sentido, por isso muitas pessoas tiram as suas próprias vidas. A solidão
causa na pessoa uma crise existencial que jamais pode ser preenchida a não ser
a aproximação do homem com Deus. Mas o que uma crise existencial? No meu
entender ela acontece nos momentos difíceis e que nos pareçam nada preencher, é
como um vazio que nos induzem a pensar que a vida não vale apena.
Quem tem sido
atingido por esse mal?
Há
uma multidão de pessoas no mundo que sofrem com a solidão. Ela nos dá uma
sensação de abandono, às vezes é tão intensa que as pessoas não suportam. Em
pleno século XXI, num mundo moderno esse mal tem alcançado muitas pessoas, elas
se isolam em um quarto da sua casa com o seu único companheiro, o computador
e com ele passam horas a mais horas, de forma que não observam nem se quer as
pessoas que ali chegam, elas recebem automaticamente todo tipo de informações. Em
um consultório onde eu também estava para ser atendido havia cinco pessoas
esperando a vez, e nenhuma voz se ouvia de cada uma delas, cada uma possuía ou
celular ou tablet se comunicando com outras pessoas que provavelmente estavam
muito distantes, o silêncio tomou conta da sala de espera, ninguém ouvia uma
voz a não ser de vez enquanto o da atendente a chamar. Antigamente as pessoas interatuavam
nos lugares aonde chegavam, era aquele bate papo saudável e cada um tinha a sua
história, mas hoje isso está acabando, poucas são as pessoas que interagem em
ambientes assim.
Como combatê-la?
(1)
Em primeiro lugar sempre manter o relacionamento com Deus, se não fez ainda
faça! Jesus Cristo é a ponte sobre o abismo da separação, ele une o homem ao seu
criador, esse é o primeiro passo; (2) Reconheça que o fardo da distancia só
será removido quando se reconhece que o pecado é uma doença que separa e Jesus
Cristo é o remédio; (3) Ter força de vontade e domínio sobre si; (4) Saber que
as pessoas que estão em sua volta são importantes e necessitam o tanto quanto
você da atenção.
Relacionamento com
as outras pessoas.
(1)
As pessoas não foram feitas para estarem sós, nunca queira se isolar dos
outros; (2) Não seja tímido a ponto de prejudicar-se, se estiver assim procure imediatamente
um especialista para se tratar, inclusive os pais devem acompanhar o
desenvolvimento dos filhos e se perceber que ele esteja retraindo, busque
ajuda, porque pode ser um bloqueio por alguma frustração. Geralmente as pessoas
retraídas são imprevisíveis e são fáceis de revoltarem com alguma coisa que lhe
contrarie, temos exemplos de tragédias que acontecem com essas pessoas, e
quando se faz uma análise da situação se confirma alguma anomalia como: O
individuo era de pouca comunicação, possuía algumas características estranhas,
se isolavam nas salas de aula, sentavam nos últimos lugares, chegavam a sua
casa e se trancavam em um dos quartos, em alguns momentos é agressivo, isso no
passado era normal, alguns pais até se ufanavam em saber que os filhos pouco
falavam nas salas de aula, era totalmente calado em casa, não brincavam com as
outras crianças, mas atualmente se sabe que isso não é normal, e sim um
prejuízo futuro para a própria pessoa. É preciso também saber com quem estamos
nos relacionando, e para os pais hoje existem uma maratona de vigilância sobre
seus filhos.
Muitas
vezes achamos que somos os mais necessitados de termos pessoas para nos
relacionarmos, mas devemos também saber que as outras pessoas também pensam e
sentem as mesmas necessidades. Há amigos que são mais chegados que um irmão (Pv
18.24).
Reexamine
os seus relacionamentos
(1)
Há inúmeros motivos pelos quais podemos prejudicar o nosso relacionamento com
as outras pessoas, entre elas estão: Uma auto-imagem destituída de mérito,
raiva, hostilidade, egoísmo, um mau cheiro, mau hálito etc. (2) Os
relacionamentos também são prejudicados quando se inicia uma amizade com o
objetivo de receber em vez de dar. (3) Há
pessoas que são como inseticidas repelem as pessoas de junto de si.
A
solidão surge freqüentemente como resultado de certas peculiaridades da
personalidade que repelem as pessoas, pode-se comparar como o inseticida que
afugenta os insetos. O solitário sempre pergunta as pessoas de sua confiança;
Porque elas não querem estar do meu lado? O problema não está nas pessoas que
se aproxima, mas na própria pessoa.
Há quatro níveis de
relacionamento
(1)
Sempre tivemos colegas e até amigos bem próximos, com os quais nos damos muito
bem, e através desse relacionamento nos aproximamos deles cada vez mais,
entretanto existem outras que não gostaríamos que cruzasse o nosso caminho,
porque as temos como obstáculos, isso pode acontecer também até entre
familiares. Por essa razão existem quatro níveis de relacionamentos, são eles:
Os mínimos, os moderados, os fortes e os de qualidades.
Relacionamentos
mínimos
São
contatos e interações verbais simples, poucas conversas, e se olhar de modo
geral são satisfatórios. Só que essas pessoas com esse tipo de relacionamento
normalmente não ajudam e nem recebem ajuda, quando nos dirigimos para um
relacionamento com essas pessoas já pensamos na quantidade de interações que
iremos ter com ela e fazer com que essa interação seja a mais positiva
possível.
Relacionamentos
moderados
Ele
é parecido e até com as características dos relacionamentos mínimos, mas ainda
ela se dispõe a dar e receber das pessoas apoio emocional, esse tipo de
relacionamento permite ambas as partes se comuniquem nas necessidades é como
uma via de mão dupla.
Relacionamentos
fortes.
Um
relacionamento forte se desenvolve quando
uma pessoa se envolve com outra para auxiliá-lo, isso chamamos de “ajuda” elas
se ajudam em tempos de necessidades, nesse aspecto o relacionamento é mais
fácil que o emocional, mas esse tipo carece de apoio emocional para
sobreviverem, se isso não acontecer ele começa a se dissolver e passar a ser
superficial, o que consideramos muito pernicioso.
Relacionamentos com
qualidade.
Esse
possui todos os requisitos dos níveis de relacionamentos anteriores, mas também
inclui o elemento da confiança amorosa. O relacionamento com qualidade nos dá
segurança, o suficiente para compartilhar nossas necessidades interiores,
nossos pensamentos e sentimento, para com a outra pessoa. É exatamente esse
tipo de relacionamento que encontramos entre amigos, familiares, pais e filhos,
eles nos ajudam a romper as dificuldades. Para estabelecermos um relacionamento
de amizade e de qualidade com Deus é necessário o cumprimento dos seus
mandamentos (Jo 15.14)
É hora de pensarmos em nossos
relacionamentos, fazer uma avaliação da sua qualidade, se vale à pena ou não, igualmente,
saber como está sendo trabalhado o seu relacionamento com as outras pessoas? Ele
está sendo positivo? Você ajuda e recebe ajuda? Você está satisfeito com o
nível de intensidade do seu relacionamento? O relacionamento cristão é
importante, porque ele reúne as boas qualidades que temos e o resultado será um
amplo aconselhamento mutuo e compartilhamento na fé e na palavra de Deus, fora
a isso se constitui um jugo desigual (2 Co 6.14). É preciso também ter um
profundo relacionamento com Deus através da sua palavra, oração e a consagração
da vida para que os demais sejam agradáveis e com muita paz.
Habite
ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos
mutuamente em toda sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos e
cânticos espirituais, com gratidão, em nossos corações (Col 3.16).
Pr. Elis Clementino
– Paulista –PE
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