sábado, 1 de outubro de 2016

O PERDÃO



ESBOÇO 527
TEMA O PERDÃO
“E quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que o vosso pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas. Se, porém, vós não perdoardes, também vosso pai, que está nos céus não vos perdoará as vossas ofensas” Mc 11.25,26
            É impossível falar de perdão se não levar em consideração o pecado e o arrependimento, eles sempre estão associados ao outro. Só existe arrependimento e perdão porque o pecado é uma realidade. A compunção é um sentimento que se tem quando o indivíduo comete uma falha, mas somente acontece quando ele reconhece o seu erro e deseja ser perdoado, a absolvição de uma culpa vem através de um perdão, seja divino ou humano. O caminho para se chegar ao perdão é o arrependimento e a humildade, portanto se alguém falhou contra alguma pessoa e se dirige a ela em busca do perdão deve ser perdoado ou absolvido do seu pecado, doutra maneira não estaremos sendo coerente com as escrituras sagradas e os ensinos de Jesus sobre o perdão. Jesus responde uma pergunta interessante dos discípulos a respeito do perdão (Mt 18.20-22), o que exercita o perdão deve fazê-lo não de lábios, mas de coração (Mt 18.35).
Fonte de perdão
Deus é o autor do perdão, foi ele quem primeiro que nos perdoou. Jesus Cristo, seu filho, através da sua morte provou na prática essa graça divina (Rm 5.8). O seu perdão alcançou toda humanidade caída pelo pecado de um só homem (Rm 5.12), com esse indulto o homem se tornou bem-aventurado porque se arrependido seus pecados não serão mais imputados (Rm 4.7,8). Quando o indivíduo busca e recebe perdão divino, ele passa pelo processo de restauração espiritual, daí ele começa produzir frutos para a santificação e uma grande promessa de vida eterna (Rm 6.22). Com o coração limpo ele reconhece que o perdão deve ser de coração e não de lábios, existem pessoas que diz perdoar, mas guarda no coração a oportunidade de vingança contra aquele que ele perdoou, ou seja, eu perdoei, mas não esqueci, mas aproveitarei na próxima oportunidade. Se formos perdoados das nossas dívidas devemos perdoar também aqueles que nos devem, reconhecimento do pecado gera perdão, é perdoando que se é perdoado (Mc 11.25,26) e não agir da forma que descreve a parábola do credor incompassível (Mt 18.23-34). Arrependimento é uma necessidade para obter perdão (Lc 13.1-5)
O salario do pecado
O pecado tem a mais dura recompensa “a morte” (Rm 6.23), ela não nos alcançará se estivermos morridos para ele (Rm 6.2), ou seja, se não vivermos mais uma vida pecaminosa. Há pessoas que continuam na prática do pecado mesmo após a sua conversão, nada sente quando peca contra Deus e versus alguém, pois o homem que permanece na prática do pecado é insensível, ele se deleita com a própria maldade de não perdoar, às vezes até pregando arrependimento e perdão nos púlpitos das igrejas aquilo que ele nunca vivenciou deixando de lado os belos ensinamentos (I Jo 3.4; 5.17a; 3 Jo 1.11), mentem e infamam sem pensar nas consequências, estes pecados estão incluídos entre aqueles que praticam as seis coisas que aborrecem a Deus e a sétima que ele odeia (Pv 6.16-19). A vingança, e o ódio não deve fazer parte dos nossos sentimentos ou emoções.
O perdão humano é ordenado
Jesus no ensinou que se tivermos alguma coisa contra a alguém, perdoai, para que também seja perdoado (Mc 11.25; Lc 11.4), deve-se perdoar tantas vezes sejam necessários (Lc 17.4). Paulo recomendou aos Efésios que deveriam ser compassivos e benignos uns para com os outros (Ef 4.32), “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Cl 3.13).
A melhor maneira de perdoar os nossos semelhantes é reconhecendo as nossas fraquezas e afastar de nós qualquer espírito de que venha tornar o nosso coração insensível que não perdoe, geralmente as pessoas que não perdoam vivem cercado de problemas, neles há perversidade na boca e no coração (Pv 6.12-14), a destruição deles virá sem que haja cura (Pv 6.15). A medida com que medimos as pessoas, seremos medidos também (Mt 7.1,2; Rm 2.1). As escrituras recomenda que o cristão deve ser forte suportando os mais fracos (Rm 15.1; Gl 6.1), se agirmos dessa forma estaremos fazendo aquilo que o Senhor nos manda. Existem pessoas que jugam, condena, matam sem primeiro ponderar (I Co 4.5), mas há um juiz que julga corretamente (Tg 4.12,13). Devemos pelo menos observar o que Jesus nos ensinou na oração dominical “Perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdoamos a qualquer que nos deve.” (Lc 11.4). Ultimamente não vejo nenhum pregador falar nesse assunto, ele faz parte das escrituras e é um belo ensinamento de Jesus.
Pr. Elis Clementino-Paulista - PE

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