Um convite à oração
Reflexão
Meu coração está inclinado à oração. Esta inclinação me veio como
resposta de oração. Dediquei bom tempo do final do ano passado buscando a
Deus a respeito do que deveria me ocupar em 2006. Orei para saber o que
fazer e percebi que deveria continuar orando: a oração nasce da oração.
Junto com este desejo também me chegaram alguns discernimentos.
Primeiramente, percebi que não estava sendo chamado a buscar o
conhecimento de Deus, o poder de Deus, respostas de Deus, experiências
com Deus ou qualquer outra coisa através da oração. Desde o início,
compreendi que não deveria transformar nem a oração, nem muito menos
Deus, em meios para que eu alcançasse determinados fins. O chamado foi
simples: orar.
Orar é estar com Deus, a portas fechadas, para que Ele, que nos vê em
secreto, nos dê a recompensa. A recompensa da oração não depende da
agenda de quem ora, mas do amor, da misericórdia e bondade eternas de
Deus, que em sua plena sabedoria e soberania distribui aos seus filhos
boas dádivas e dons perfeitos.
Outra coisa que discerni foi que o chamado à oração não era uma
exortação a falar com Deus, mas meramente estar em silêncio em sua
presença ” dedicar atenção exclusiva a Deus. Sempre me chamou a atenção o
fato de que no quarto, a portas fechadas, Deus não ouve o que dizemos,
mas nos vê: a oração é muito mais uma atitude de entrega, rendição e
disponibilidade, do que um monólogo piedoso diante de Deus.
Também fui chamado à atenção para o fato de que a oração tem muito mais a
ver com o amor do que com o poder de Deus. No quarto, a portas
fechadas, Deus não é o General, o Todo Poderoso, o Jeová-Giré, mas o
Pai, que nos sussurra “Você é meu filho amado, em quem tenho prazer”. No
quarto, a portas fechadas, a oração não é um amontoado de palavras,
insistentes repetições de petições, uma lista de assuntos a tratar com
Deus como quem despacha com seu funcionário na manhã de segunda-feira. A
oração em secreto é o pronunciar singelo do Abba, o balbuciar da
criança que descansa em absoluta confiança no colo do Papai do Céu.
Convido você para esta jornada. Convido você a esperar em Deus, dedicar
seu coração a ouvir a voz de Deus, deixando o controle nas mãos de Deus,
para que em nós se cumpra sua boa, perfeita e agradável vontade.
Convido você para juntos dedicarmos atenção a Deus, que verá nossos
corações e nos dará recompensas. Convido você a ser vulnerável nas mãos
de Deus, como uma criança, um filhinho pequenino que mal aprendeu a
falar, mas que sabe que Abba é o seu lugar.
Fonte: IBAB
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